A OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou nesta segunda-feira novo balanço da gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), no mundo. Segundo o relatório, são 8.829 casos da doença em 40 países, incluindo 74 mortes.
Os Estados Unidos continuam à frente como país com maior número de casos da nova gripe, com 4.714 casos e quatro mortes.
O balanço não inclui as mais recentes vítimas do vírus A (H1N1) registrados pelo governo americano. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) há 5.123 pacientes e seis mortos.
O México, considerado epicentro da doença, é o país com maior número de mortos pelo novo vírus: 68, segundo a OMS. A organização registra ainda 3.103 casos confirmados em laboratório, um aumento de 208 casos em comparação ao balanço anterior.
O caso mais surpreendente, contudo, é do Japão, que tinha apenas sete casos da doença no balanço anterior e agora registra 125 pacientes com gripe suína. O aumento em 17 vezes no número de infectados agravou o temor de um segundo foco autônomo de transmissão local da gripe suína, o que justificaria aumentar o nível de alerta de cinco, pandemia iminente, para seis, pandemia.
Já o Canadá não registrou aumento no número de casos e permanece com 496 pacientes com gripe suína, incluindo uma morte --uma mulher da Província de Alberta.
A outra morte registrada da doença está na Costa Rica, que tem ainda nove casos confirmados do novo vírus.
A organização registra ainda casos da doença na Espanha (103), Reino Unido (101), Panamá (54), França (14), Alemanha (14), Colômbia (11), Nova Zelândia (9), Itália (9), Brasil (8), Israel (7), Japão (7), China (6), Bélgica (5), El Salvador (4), Cuba (3), Suécia (3), Holanda (3), Guatemala (3), Coreia do Sul (3), Finlândia (2), Noruega (2), Tailândia (2), Turquia (2), Argentina (1), Austrália (1), Áustria (1), Chile (1), Dinamarca (1), Equador (1), Índia (1), Irlanda (1), Malásia (2), Peru (1), Polônia (1), Portugal (1), Suíça (1).
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória transmitida de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
