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Deficiência de tecnologia e de dados prejudica combate ao crime

A falta de tecnologia das operadoras de telefonia prejudicou a investigação de difusão de pornografia infantil, em rede de relacionamento, que resultou na operação Turko. Conforme explica, o delegado da Polícia Federal da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos, Carlos Eduardo Sobral, apesar da quebra de sigilo do site de relacionamento Orkut detectar 805 perfis tendo em seu conteúdo pornografia infantil.

18 Mai 2009 - 18:34

Éryca Monteiro - De Brasília - Especial para o Olhar Direto

Foto: Reprodução

Deficiência de tecnologia e de dados  prejudica combate ao crime
A falta de tecnologia das operadoras de telefonia prejudicou a investigação de difusão de pornografia infantil, em rede de relacionamento, que resultou na operação Turko. Conforme explica, o delegado da Polícia Federal da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos, Carlos Eduardo Sobral, apesar da quebra de sigilo do site de relacionamento Orkut detectar 805 perfis tendo em seu conteúdo pornografia infantil, apenas 92 mandados foram expedidos, devido a qualidade dos dados de IP’s, número de protocolo da internet que permite a identificação da máquina, disponibilizados pelas companhias telefônicas.


Conforme o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia, senador Magno Malta, as operadoras demoraram mais de 120 dias para fornecer os dados solicitados. “Com essa demora muita gente sumiu, outros venderam o computador”.

De acordo com o representante da ONG Safernet, as denúncias que resultaram na Operação da Turko, correspondem ao período de novembro de 2007 a março de 2008.

A justificativa para a demora nos dados, segundo explica o procurador Ministério Público Federal, Sérgio Suiama é o custo da tecnologia. O representante da Safernet, Tiago Tavares, afirma que a nova tecnologia terá o custo de R$0,40 por usuário/ano.

Até o momento, segundo o senador Magno Malta, apenas as empresas Brasil Telecom, Telemar e Tim, assinaram um Termo de Ajuste de Conduta, se comprometendo até o mês de dezembro a modificar esse processo. “As outras operadoras não quiseram assinar o termo e pior divulgaram como se tivessem assinado”, acusa o senador.

Ainda de acordo com Malta, tramita no Senado um projeto de lei que prevê o armazenamento desses dados, com garantia de qualidade da informação, por um período de três anos e em caso de risco eminente para a criança essa informação terá que ser repassadas no prazo máximo de duas horas. Ainda de acordo com o senador as outras operadoras serão convocados pela CPI nos próximos dias. 

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