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Domingo, 21 de julho de 2024

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CASO CACHOEIRA

Senador critica "infiltrados" na CPMI e pede acesso irrestrito aos dados

A presença de advogados do bicheiro Carlinhos Cachoeira e de representantes do senador Demóstenes Torres e do empresário da Delta, Cláudio Abreu, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) nesta quinta-feira (10), no Congresso Nacional, provocou reclamações de deputados e senadores membros da Comissão.


O senador Pedro Taques (PDT-MT) e o deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS) questionaram o presidente da CPI, senador Vital do Rego Filho (PMDB-CE) sobre o fato de os membros da Comissão não terem sido consultados sobre a presença destes representantes.

O receio foi de que informações sigilosas e estratégicas para as investigações chegassem de forma facilitada a Cachoeira e a Abreu, que estão presos, e ao senador goiano, que está prestes a sofrer um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. Ambos têm marcados depoimentos na próxima semana.

Taques participou por mais de quatro horas do depoimento do delegado da Polícia Federal Matheus Mela Rodrigues, que coordenou a Operação Monte Carlo, a mesma respónsável pela priusão de Cachoeira, no início do ano.

Diante da quantidade enorme de informações prestadas, o senador requereu que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) tenha acesso ao HD (Hard Disk) que contém as informações das operações denominadas "Vegas” e Monte Carlo”, obtidas pelo programa "Guardião” da PF, que é usado nas escutas telefônicas. O requerimento foi protocolizado na secretaria de comissões do Senado.

"A CPMI não pode ficar recebendo informações à conta gotas e dependendo da apreciação de autoridades outras sobre o que nós devemos conhecer ou não sobre os fatos que dizem respeito a esta investigação”, afirmou o senador Pedro Taques, membro da Comissão que investiga as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados.

De acordo com o parlamentar, a CPMI tem tomado depoimentos de diversos agentes que participaram das investigações ou dos processos decorrentes dessas operações. No entanto, ele pontua que tais informações obtidas até agora sinalizam para a necessidade de se obter o quadro completo do conteúdo das gravações.

Pedro Taques lembra que, sem o acesso ao inteiro teor do conteúdo das gravações, os membros da Comissão não terão certeza se estão de posse de todo material necessário ao completo esclarecimento dos fatos. Ele finaliza sua justificativa ressaltando que está "cumprindo o papel constitucional de apuração da verdade”. (Com informações da assessoria de imprensa do senador Pedro Taques)




Atualizada às 17h55
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