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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Polícia investiga venda de apostila do Enem por empresa em Bauru, SP

A Polícia Civil de Bauru (SP) abriu inquérito para investigar um suposto golpe que faz vítimas interessadas em concluir o ensino médio. Com informações e materiais aparentemente oficiais, o esquema é sofisticado e convincente. Uma correspondência chega com na casa das pessoas com o título: "Nova lei de conclusão do ensino médio". A promessa é de diploma na mão sem curso supletivo ou qualquer programa de conclusão do ensino médio.


As apostilas trazem conteúdos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em todas as capas está o nome "Portal Enem” e nomes de programas do Governo Federal, como Prouni. Um CD vem junto com uma senha para acessar informações no site da empresa. Nele, o aluno encontra gabaritos das últimas provas e detalhes sobre outros programas educacionais do governo.

O delegado Fábio Mariotto contou que a investigação foi aberta para tentar identificar os proprietários da empresa. “A nossa maior dificuldade é saber qual é a proposta da empresa. Se ela está prometendo alguma coisa impossível ou se está vinculando o nome dela com algum órgão oficial, o que é proibido por lei”.

Um representante do esquema informou por telefone que o valor da apostila à vista é de R$ 290. “Na forma parcelada a gente pede para completar o cadastro e enviar para nós. A primeira parcela é por depósito bancário e as outras parcelas por boleto", explicou o atendente.

A chance de concluir o ensino médio atrai muitas pessoas. Rafael Fernando Ruiz é comerciante há cinco anos em um bairro de Bauru. Ele recebeu a correspondência e viu uma boa oportunidade. Mas quando chegou ao local acabou se envolvendo em um caso de polícia. A confusão começou quando ele perguntou sobre a venda das apostilas.

Na correspondência, o maior atrativo é a inscrição para o Enem e conclusão rápida do ensino médio. “Suspeitei logo que cheguei ao local por haver poucas pessoas interessadas. Depois de algum tempo uma mulher começou a fazer uma divulgação de material didático em vem da inscrição do Enem. Interrompi o discurso dela e indaguei se faríamos a inscrição para efetuar a prova do Enem. A mulher ficou alterada e eu saí do local. Depois chamei a polícia porque ela continuou me ofendendo. Só sei que alguma coisa duvidosa estava acontecendo”, relatou.
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