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Domingo, 04 de agosto de 2024

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Cerca de 80 mil civis fogem no Sri Lanka mesmo com fim da guerra

A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu nesta quarta-feira que o governo do Sri Lanka permita a entrada de seus funcionários no nordeste do país, de onde cerca de 80 mil civis fugiram nos últimos três dias mesmo com o anúncio do Exército de vitória na guerra civil contra os rebeldes separatistas tâmeis.


As agências da ONU dizem que, mesmo com o fim dos conflitos, que duraram 25 anos e deixaram entre 80 mil e 100 mil mortos, a situação não mudou e há civis que precisam ser retirados do local.

"A ONU não tem informação sobre civis mortos ou feridos que permanecem na zona de conflito", afirmou Elisabeth Byrs, porta-voz das operações humanitárias da ONU. Ela afirmou ainda que a ONG Cruz Vermelha precisa retirar os civis que permaneceram no local já que temem por suas vidas.

Segundo o Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas (Acnur), o número total de refugiados que fugiram dos combates no Sri Lanka já chega a 280 mil pessoas, 80 mil das quais fugiram nos últimos três dias.

A principal preocupação é quanto à aglomeração nos campos de refugiados, onde os serviços são mínimos e não abastecem todas as necessidades dos deslocados. "Os civis que chegam das zonas de conflito estão famintos, desnutridos e desidratados", disse o porta-voz do Acnur, Ron Redmon.

"As agências da ONU continuam pedindo livre acesso a todo o território para poder atender as pessoas que necessitam de atendimento", afirmou Byrs.

Vitória


Na segunda-feira passada (18), o Exército do Sri Lanka declarou vitória depois de mais de 25 anos de conflito no país, com a morte dos últimos guerrilheiros do movimento Tigres pela Libertação da Pátria Tâmil.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, visitará o Sri Lanka nesta sexta-feira e deve pressionar o governo pela liberação da entrada das agências humanitárias na zona de combate.

Ban se reuniu ontem em Genebra, na Suíça, com o ministro da Saúde do Sri Lanka, Nimal Siripala De Silva, e lhe mostrou sua preocupação com a situação.

Siripala De Silva ocupa neste ano a Presidência rotativa da Assembleia Mundial da Saúde, que acontece em Genebra esta semana.

"Um bom começo seria providenciar à ONU e suas parceiras o acesso integral e incondicional a todos os civis", afirmou Ban, que visitará o Sri Lanka na sexta-feira. "Eu continuo preocupada com a segurança e o bem-estar da população afetada. Isso é porque eu quero visitar os acampamentos para os deslocados internos".

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