Presidente da CPI do Caso Cachoeira, o senador Vital do Rego Filho (PMDB-PB) decidiu adiar a votação sobre a convocação de governadores para depor da CPI até que um parecer técnico seja emitido sobre o assunto. A decisão foi tomada nesta terça-feira (29), após o deputado federal Gladson Cameli (PP-AC) ter dito que a convocação de governadores fere o princípio federativo e a autonomia entre os entes federados.

Em resposta, Pedro Taques afirmou que qualquer governador pode ser ouvido na justiça comum como testemunha. O entendimento do senador é de que a CPI pode ouvir autoridades de todos os poderes nessa condição e de que a questão levantada pelo deputado não encontra respaldo na lei e na Constituição.

"A CPMI tem que ouvir juízes, senadores e governadores se for preciso. Este é o papel da CPI", argumentou o senador, visivelmente contrariado com o adiamento da votação dos requerimentos para convocação dos governadores.

Na mesma sesaão, o senador votou favorável à quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico da empreiteira Delta em âmbito nacional, a empresa que detém o maior número de obras do PAC e que está no centro das investogações da CPMI do Caso Cachoeira.

A necessidade de aprovação das quebras de sigilo dos investigados tem sido lembrada com insistência pelo senador segundo o qual as ações da Delta ocorrem em todo o país.

"A contravenção não respeita geografia”, sintetizou.

A quebra do sigilo das operações da Delta Centro-Oeste foi aprovada há duas semanas. No entanto, Taques e outros membros da comissão disseram que a medida era insuficiente para desvendar todas as ações e vínculos da empresa.

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