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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Rio+20

Produtores rurais preparam ações para a Rio+20

A curiosidade internacional sobre o aumento da produtividade agrícola no Brasil, acompanhada por dúvidas em relação ao possível avanço das plantações sobre os biomas ainda conservados...

A curiosidade internacional sobre o aumento da produtividade agrícola no Brasil, acompanhada por dúvidas em relação ao possível avanço das plantações sobre os biomas ainda conservados, deverá encontrar diferentes respostas na Rio+20.


Representantes do agronegócio brasileiro acreditam que a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável será um bom momento para apresentar exemplos de boas práticas no campo e distanciar o setor da imagem de destruidor de florestas. Com essa estratégia, pretendem responder a pressões de ambientalistas que consideram inevitáveis.

“Sem dúvida haverá pressão. O Brasil é um grande produtor de alimentos e energia e a pressão de mercado deve vir com muita força na Rio+20”, diz Caio Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). “Mas estamos preparados”, afirma. Na conferência da ONU serão apresentadas as tecnologias tropicalizadas que movem o desenvolvimento no campo, diz Carvalho. “Ninguém no mundo tem recolhimento de embalagens de agrotóxicos como o Brasil”. Exemplo que talvez seja de eficiência duvidosa pela sistemática oposição ao uso de defensivos dos ambientalistas.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) quer “mostrar que o país não está desmatando tudo, que 27,7% do território é agrícola”, diz Katia Abreu, presidente da entidade. Para apresentar as técnicas que permitiram a evolução brasileira no campo, que de acordo com ela despertam muita curiosidade no exterior, será montado um estande de 1800 metros quadrados na Rio+20. Haverá um “túnel sensorial” para apresentar aos visitantes uma fazenda degradada e as tecnologias utilizadas para a sua recuperação. “Chega fora com a terra produtiva, com APP e tudo”, conta. “Mas está uma dificuldade para arrumar parceiros, vamos fazer com R$ 6 milhões a R$ 7 milhões para reduzir os custos”, reclama a senadora. O projeto incial previa investimento de R$ 10 milhões.

As indústrias de óleo também estão convencidas de que possuem um excelente cartão de visitas ambiental. “A moratória da soja é espetacular para mostrar que soja não é um fator relevante no desmatamento da Amazônia”, afirma Bernardo Pires, gerente de sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Em 52 municípios do Pará, Mato Grosso e Rondônia, que concentram 98,% da soja produzida no bioma, há monitoramento do Inpe para assegurar que nada seja desmatado. Essa área, que soma 1,94 milhão de hectares, corresponde a cerca de 8% da área total ocupada pela soja, de 24,1 milhões de hectares. Nos últimos cinco anos há controle por satélite e avião. “Isso dá mais transparência para o agronegócio brasileiro”, garante Pires.
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