Trabalhadores rurais de todo o país estão chegando a Brasília desde o início da semana para participar da 18ª edição do Grito da Terra Brasil. A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) montou tendas e estandes para debates, eventos culturais e refeições aos mais de oito mil trabalhadores que se concentram no gramado central da esplanada dos ministérios.

A chegada das caravanas chegou a provocar transtornos ao tráfego da capital nas primeiras horas da manhã. Muitos deles se encontram nas dependências do Congresso Nacional para visitas a parlamentares e para participar de audiências.

A Contag cobra da presidenta Dilma Rousseff um posicionamento sobre a pauta de reivindicações do Grito da Terra Brasil, intitulada Agenda por um Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário.

Entre os principais itens da pauta estão o desenvolvimento rural com distribuição de renda e o enfrentamento às desigualdades, a garantia e ampliação dos direitos sociais e culturais com qualidade de vida no campo e nas florestas, a participação democrática, a organização sindical e o orçamento público.

Segundo a Contag, a base desta 18ª edição é “a realização de uma ampla e massiva reforma agrária e a valorização e o fortalecimento da agricultura familiar, questionando o descaso do governo ao papel da terra e do território para a valorização dos povos do campo”.

A pauta foi entregue à Presidência da República no dia 27 de abril com 138 propostas e, de acordo com a Contag, expressa os principais pleitos de aproximadamente 20 milhões de trabalhadores rurais ligados à confederação, às 27 federações de Trabalhadores na Agricultura e aos mais de 4 mil sindicatos de trabalhadores rurais.

Entre os dias 21 e 29 de maio, representantes da entidade foram recebidos em quase 20 ministérios. Hoje, dia da mobilização nacional, a diretoria da Contag, coordenadores e presidentes das federações devem ser recebidos pela presidenta para tratar da pauta de reivindicações do 18º Grito da Terra Brasil.




Atualizada às 16h42