A proximidade de lixo e esgoto a céu aberto é realidade para 12.988 habitantes de Piracicaba (SP), segundo dados do Censo 2010, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alagamentos, doenças e aparecimento de animais peçonhentos são alguns dos problemas trazidos pela falta de infraestrutura. Para especialista, é necessário esforço conjunto entre a população e a Prefeitura.


Juracy reclama de lixão criado em área verde perto
Do total de moradores próximos a lixo e esgoto a céu aberto, 10.087 habitantes não possuem rede de saneamento básico e 2.901 pessoas moram ao lado de entulhos e restos. Estes números representam 3,5% do total da população de Piracicaba, que é de 364.571.

Problemas gerados pela exposição a esses ambientes são comuns na cidade, como já mostrou o G1 Piracicaba e Região. Moradores da favela da Portelinha teme surto de dengue devido à falta de saneamento no local. Alagamentos também são comuns em algumas áreas da cidade porque há entupimento de bueiros e bocas de lobo por causa do descarte irregular do lixo. No distrito de Santa Terezinha, moradores reclamam de área verde que virou 'lixão'.

Moradores reclamam
A dona de casa Juracy Paulina Viana Rodrigues sofre com a proximidade do 'lixão'. Moradora do bairro Jardim João Paulo 2, há 21 anos, ela vive próxima à área verde usada para descarte de lixo e entulho. “Já apareceram muitos bichos aqui por causa desse local. Desde escorpiões e ratos e até jiboias, que foram retiradas daqui pela Prefeitura”, afirmou.

Ainda segundo Juracy, o descarte de lixo é feito pelos próprios moradores do bairro, que aproveitam o inicio da manhã, por volta das 5h, ou o final da noite, perto das 23h, para jogar entulhos no local. “Já falamos para eles pararem, mas não adianta. Meu marido inclusive foi ameaçado de morte por algumas destas pessoas”, contou a dona de casa. A região não tem ecoponto, área criada pela administração para coleta de produtos descartados.