Olhar Direto

Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Brasil

PF quer cópia de documentos apreendidos em investigação de desvios no Senado

A Polícia Federal pediu à Polícia Legislativa do Senado cópia dos depoimentos e dos documentos apreendidos durante as investigações do suposto esquema de desvio de recursos públicos que teria o envolvimento do ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi. O delegado Gustavo Buquer, responsável pela investigação, aguarda o material para definir os interrogatórios.


O foco principal da PF será analisar se houve irregularidades nas operações de créditos consignados para servidores do Senado intermediadas por empresas da família do ex-diretor e instituição financeiras.

Diferentemente da Polícia do Senado, os policiais federais também vão apurar se há ainda fraudes em contratos de licitações e participação de outros ex-diretores, entre eles Agaciel Maia, que comandou a Diretoria-Geral por 14 anos. No início de março, Agaciel deixou o cargo após a Folha revelar que ele não registrou em cartório uma casa avaliada em R$ 5 milhões.

Zoghbi chegou a denunciar um esquema de fraudes nos contratos na Casa praticados por Agaciel e senadores que comandaram a primeira-secretaria do Senado nos últimos anos, mas depois recuou.

Segundo agentes que participam da investigação, parte do material recolhido na Operação Mão-de-Obra, da Polícia Federal, que apurou fraudes em licitações do Senado, também será utilizada. Realizada em julho de 2006, a operação desmontou uma quadrilha especializada em fraudar licitações para beneficiar empresas que atuavam no serviço de limpeza e informática de vários órgãos do governo federal.

A Polícia Legislativa já encontrou indícios de irregularidades na gestão de Zoghbi. Ele e mais três pessoas foram indiciadas. No entendimento da Polícia Legislativa, Zoghbi teria atuado para beneficiar as empresas do filho por ter autorizado operações de crédito com valores superiores aos limites. A margem permitida era de até 30% do salário do servidor. Em alguns casos, foram identificados comprometimentos de até 70% dos vencimentos. A Polícia do Senado quer saber se houve participação dos bancos.

Em depoimento à Polícia do Senado, Zoghbi admitiu que concedeu empréstimos acima do limite permitido aos servidores da Casa. Ele foi indiciado por formação de quadrilha e corrupção passiva.

O inquérito aberto pela Polícia Legislativa investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos que envolveria o ex-diretor e empresas de fachada. A ex-babá de Zoghbi, Maria Izabel, é proprietária de três empresas que intermediavam as operações de crédito para o Senado. A parceria da Contact, da DMZ Consultoria Empresarial, da DMZ Corretora de Seguros com o Senado teria sido responsável pelo faturamento de R$ 3 milhões registrado pelas empresas.

Maria Izabel afirmou ter assinado documentos para Marcelo Zoghbi, filho do ex-diretor do Senado. De acordo com o advogado da ex-babá, Antonio Carlos de Almeida Castro, Maria Izabel assinou em confiança esses documentos para o Marcelo Zoghbi. Marcelo presta depoimento hoje aos policiais do Senado.

Marcelo prestou depoimento ontem aos policiais do Senado e sustentou que o pai não sabia pai não tinha conhecimento sobre as atividades de suas empresas, principalmente, a Contact Assessoria de Crédito, com o Senado.

Além de Zoghbi, também foram indiciados, Marcelo Zoghbi e os donos da empresa Contact, Ricardo Nishimura e Bianka Machado e Dias.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet