O presidente eleito da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Homero Pereira (PSD-MT), defendeu o estabelecimento de um pacto nacional pelo desenvolvimento sustentável. O parlamehtar recebeu jornalistas para uma entrevista coletiva, em Brasília, dias antes de sua posse como principal nome da bancada ruralista no Congresso Nacional.
Homero destacou a importância da participação dos produtores rurais no processo de discussão da legislação ambiental que estará em discussão a partir desta semana na conferência da ONU sobre o tema ambiental, a Rio +20.
"Se o produtores não forem chamados para participar deste processo, não vai funcionar. Queremos o diálogo. Não queremos ser lembrados como uma bancada intransigente. Gostariamos de estar dialogando. Produtor e meio ambiente tem que estar juntos. O guardião do meio ambiente rural tem que ser o produtor rural. Ele não pode ser estigmatizado como inimigo do meio ambiente. Ele tem que ser incluído e não tratado só com a chibata", afirmou.
Com relação ao Código Florestal, o deputado lembrou que o país deve se orgulhar de ter estabelecido uma legislação que garante a proteção de reserva legal e das áreas de preservação permanente (APP).
"Queremos ter um país que coloca o instituto da reserva legal em lei. São 80% de reserva legal, 35% no cerrado e 80% na Amazônia. Tinha que ser um patamar mínimo na Rio +20. Discutir APPs. O Código Florestal virou lei. O Brasil aumentou 162% sua produção com aumento de 30% na área plantada. Produzíamos na década de 1960 cerca de mil quilos por hectare e hoje produzimos 3 mil quilos por hectare", acrescentou.
O parlamentar reforçou a necessidade de aumentar o diálogo no Congresso Nacional com o governo e com outros setores, como o ambientalista.
"Estamos abertos ao diálogo. Mas tem que haver de outro lado uma interlocução. Embora seja natural que membros da Frente queiram fazer uma enfrentamento. É um ambientel totalmebnte democrático", concluiu.
Homero substitui a partir de quinta feira o deputado Moreira Mendes na presidência da Frente. Ele destaca como temas prioitários o endividamento rural, a questão trabalhista, a melhora na infraestrutura e a criação de um plano agrícola de longo prazo.
Atualizada
