O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, repudiou nesta quarta-feira (20) a suposta intimidação contra a procuradora Léa Batista, uma das responsáveis pela Operação Monte Carlo, que levou à prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Segundo a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a integrante do Ministério Público Federal recebeu um e-mail anônimo de um suposto investigado “em tom nitidamente ressentido”.
“É intolerável a tentativa de tolher o Ministério Público. Não podemos correr o risco de sermos surpreendidos em razão de alguma ameaça”, afirmou Gurgel.
O chefe do Ministério Público disse que pretende conversar com a procuradora de Goiás ainda nesta quarta para ouvir a versão dela sobre o episódio. De acordo com Gurgel, a instituição movimentará “toda sua estrutura” para dar apoio à procuradora.
Gurgel disse que ele mesmo poderá requisitar apoio da Polícia Federal para assegurar a integridade física de Léa Batista.
“Muitas vezes, há especulações que não têm a devida consistência. Mas é preciso levar muito a sério isso, pela gravidade das condutas que a procuradora, junto com outro colega de Goiás, apura”, ponderou.