A criação de mais de 77 mil cargos para as instituições federais de ensino é insuficiente para suprir a demanda da expansão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A crítica é do presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Carlinhos Eilert, que lidera movimento grevista na instituição há mais de um mês.

O argumento é que, com a distribuição das 77.178 vagas a serem preenchidas entre as instituições do país, não deve restar para a UFMT número suficiente. Do total, apenas 19.569 vagas são para professores universitários. O assunto é pauta interna de discussão entre os professores grevistas. A lei que cria os cargos nas instituições federais foi aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo governo.

Eilert lembrou que a UFMT nem chegou a suprir suas necessidades de professores e técnicos antes de iniciar movimento de expansão, com a abertura, por exemplo, dos cursos de medicina em Rondonópolis e Sinop.

Para se ter uma noção, Eilert informou que há a necessidade de pelo menos 120 professores para cada um desses cursos.

“Não se mantém um curso de medicina, com qualidade e atendendo as diretrizes do Ministério da Educação, com menos de 120 professores”. Além disso, só o Hospital Universitário Júlio Müller, vinculado à UFMT, tem déficit de cerca de 400 médicos, apontou, a título de ilustração do problema.

Greve

Os professores em greve da UFMT cruzaram os braços em maio seguindo orientação da associação nacional dos docentes, em protesto por aumento salarial. Mais de cinqüenta instituições aderiram ao ato.

Os professores realizarão ato de manifestação durante a manhã desta quinta-feira (28) na Praça Alencastro, centro de Cuiabá. Participarão do ato também profissionais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).



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