A embaixada do Brasil em Damasco, na Síria, está preparada para uma possível evacuação caso a situação no país, que está em guerra civil segundo a ONU, ponha em risco a segurança do corpo diplomático brasileiro.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores, há um plano de evacuação preparado pelos funcionários do Itamaraty na capital síria, onde os combates se intensificaram nos últimos dias.

Caso a embaixada seja fechada, os seis funcionários brasileiros que atuam no país e mais os locais, podem ser transferidos para a representação brasileira em Beirute, no Líbano. No entanto, segundo o Itamaraty, a embaixada não está numa área ainda não atingida pelo conflito.

A crise política na Síria, que dura 17 meses e já matou cerca de 15 mil pessoas, recrudesceu nos últimos dias. Na terça-feira (17), um ataque matou os ministros da Defesa e do Interior, o vice e cunhado do presidente Bashar al-Assad e o chefe do núcleo de crise.

Brasileiros
Segundo o Itamaraty, houve um aumento significativo do número de pedidos de vistos à embaixada em relação ao ano passado, o que pode indicar que muitas famílias brasileiras estão deixando o país após o agravamento da crise.

No entanto, segundo a chancelaria brasileira, não há uma situação de “êxodo em massa” entre os cerca de 3 mil brasileiros que vivem na Síria, já que muitos são sírio-brasileiros, com fortes vínculos no país.

No início da semana, o ministro Antonio Patriota disse que uma família brasileira, com filhos nascidos na Síria, havia pedido apoio à embaixada para deixar o país.

Para o Itamaraty, muitos podem ter deixado Damasco sem necessariamente passar pela embaixada, já que aeroportos funcionam normalmente. Os vistos só seriam necessários para os familiares de brasileiros nascidos no país.