Seguindo exemplo do Museu da Amazônia, o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) propõe a criação, em Mato Grosso, do Museu Vivo do Pantanal. Conforme Bezerra, o museu poderia nascer na Estância Ecológica do Sesc Pantanal, centro mato-grossense de excelência técnica, social e turística, localizado entre as cidades de Poconé e Barão de Melgaço.

“Seria uma grande iniciativa do Sesc Pantanal, com a participação de universidades e empresas, interessadas não só em divulgar suas marcas, mas também em patrocinar e aproveitar o conhecimento que ali será gerado”, afirmou.

A proposta desse museu vivo, segundo Bezerra, contribuirá para a economia e para a conservação da biodiversidade ecológica e cultural do Pantanal, dentro da perspectiva do desenvolvimento sustentável.

A Estância Ecológica do Sesc, observa o deputado, dispõe do melhor hotel pantaneiro, que emprega 100 pessoas e gera cerca de mil empregos indiretos. Também apoia o associativismo, colaborando com a fixação do homem ao campo, a melhoria da qualidade de vida e a redução de incêndios no entorno da Reserva.

“Quando falamos do Sesc Pantanal, estamos falando da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do País, com 106 mil hectares, uma imensidão que representa um terço do parque nacional, e que é vital para o seu equilíbrio ecológico”, disse o deputado.

Um museu como esse, acrescenta Bezerra, demanda um urbanismo e arquitetura ecologicamente corretos, para testar e divulgar sistemas alternativos e mais eficientes de geração de energia, de coleta de lixo e esgoto, e reaproveitamento de água.

“Ideias não faltarão, mas convém que, antes de ser construído, haja muito debate na comunidade científica. Os poderes públicos e a iniciativa privada também devem dar sua opinião, resguardando para o museu uma administração altamente profissionalizada. Para isso, precisamos de uma fundação de direito privado”, defende.

Por meio de parcerias com a comunidade indígena local, a Embrapa, ONGs e universidades, o museu pode atingir comunidades urbanas e rurais, não só em Poconé e Barão do Melgaço, mas em toda a região pantaneira, inclusive no Paraguai e na Bolívia.