A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está na mira dos deputados, porém o requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar as denúncias feitas contra o reitor Taisir Karim, não foi votado por falta de quórum.

O curioso é que no painel do plenário constavam os nomes de 16 deputados, o que viabilizava a votação, porém só 10 parlamentares estavam presentes, sendo assim, o deputado Mauro Sávi (PR), que presidia a sessão não pode continuar com a deliberação.

Há tempo, o deputado Alexandre César (PT) tem feito duras críticas sobre a crise instalada na Unemat. Em Sinop, acadêmicos realizam greve e pedem mais profissionais na biblioteca que só funciona à tarde. Eles querem também mais estrutura e a mudança no calendário proposto pelo reitor, em que transfere aulas para os sábado e concede quatro meses de férias no final do ano, o que inviabiliza a realização de trabalhos de pesquisas.

Hoje, a sessão foi agitada e contou com a presença de acadêmicos e professores que vieram dar apoio à criação da CPI. O deputado Percival Muniz (PPS) destacou: “paciência tem limite e o reitor está acabando com o nosso”. Assim, irá apresentar um requerimento pedindo o afastamento do reitor e uma investigação na instituição.

A idéia foi defendida pelos deputados Jota Barreto (PR) e Dilceu Dal Bosco (DEM), entre outros. O republicano ainda desafiou Taisir Kairim. “Se está tudo certo e não há irregularidades então abra para fiscalização e se afaste”, afirmou Barreto durante discurso na tribuna.

Os deputados Adalto de Freitas (PMDB) e Mauro Sávi (PR) também declararam apoio à criação da CPI, que deve votar na manhã desta quarta-feira (27).

Atualizada às 19h54/Segunda atualização às 20h02