A polícia está investigando a morte de Maria Odineia Correa, de 50 anos, morta com nove facadas na noite deste sábado (28), dentro de sua casa. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que investiga o caso, afirma que, a partir de depoimentos da filha e da afilhada da vítima, a principal suspeita é de acerto de contas por dívidas que Maria Odineia teria com pessoas suspeitas.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Lenoar Cunha, no momento do crime, estavam na residência, a afilhada da vítima, a filha e o netinho de apenas quatro meses de Maria.

"A filha dela, de 19 anos, disse que o homem entrou na casa e rendeu todas. Segundo ela, ele portava uma arma de fogo e pediu para que a afilhada, de 15 anos, ajudasse a pegar as cordas que usaria para amarrar a vítima. Como a adolescente ficou muito nervosa, ele a expulsou e fez tudo sozinho. Amarrou as mãos e as pernas dela, a amordaçou e a executou lentamente, com três facadas no pescoço e seis no tórax. As duas jovens ouviam a vítima gritar, mas não puderam fazer nada por medo do homem usar a arma que tinha contra elas", revela Cunha.

O delegado diz ainda que a filha de Maria contou que havia descoberto um recibo de dívida no valor de R$ 17 mil e que o documento de comprovação do débito estava datado de abril desse ano. Além disso, a jovem afirmou que a mãe costumava fazer empréstimos, mas não dizia.

"Há cerca de dois anos, ela teria feito um empréstimo de R$ 5 mil na Cidade Nova 8 (Ananindeua) e a filha descobriu que essa pessoa que emprestou o dinheiro seria um traficante, que foi até preso. Ela realmente pode ter perdido a vida por causa dessa situação. A filha disse que ela também recebia ligação de números não identificados e ficava nervosa, apavorada", conta Lenoar.

A Divisão de Homicídios está investigando o caso para descobrir possíveis suspeitos. Na manhã deste domingo (29), a filha e a afilhada da vítima estiveram na unidade policial para fazer o retrato falado do suspeito. O delegado Lenoar Cunha acredita que até a próxima terça-feira (31) já possa ser divulgado para a imprensa o desenho com os traços do homem visto pela família da vítima.