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greve nas universidades

Ministra mantém-se irredutível e não faz concessão a professores em greve

01 Ago 2012 - 12:05

De Brasília - Marcos Coutinho e Vinícius Tavares / Da Redação - Jonas da Silva

Foto: Reprodução

Ministra mantém-se irredutível e não faz concessão a professores em greve
Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior afirmou que o governo não vai mais fazer nenhum tipo de concessão aos professores, que continuam com atividades paralisadas, e só voltará a negociar com as categorias federais em greve após o dia 13 de agosto, quando será feita uma nova avaliação sobre a greve que já jura 77 dias.


Belchior reiterou ainda aos parlamentares da Comissão de Educação e Cultura e do Trabalho da Câmara dos Deputados que a última proposta apresentada para a categoria é a final. A informação foi passada em primeira mão pelo deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) após reunião nesta quarta-feira (1º) no gabinete da ministra, em Brasília.

Os parlamentares fizeram um apelo para que a ministra atenda as reivindicações dos professores das universidades federais e dos institutos federais. Os professores pedem unificação da classe entre os doutores das universidades e os dos institutos, além de reposição de 34% em relação ao acumulado da inflação. Os docentes também defendem que o piso inicial mínimo para a categoria de três salários mínimos e meio.

O Comando Nacional de Greve reúne-se ainda nesta quarta-feira, às 21h, em Brasília, com o secretário de Recursos Humanos do ministério, Sérgio Carneiro. De acordo com o parlamentar, a ministra manteve-se irredutível aos apelos dos deputados no sentido de manter a retomada do diálogo com os professores.

“A ministra disse que o Brasil não vai ceder às pressões porque não tem condição de atender a íntegra do pleito. Ela lembrou ainda que o funcionalismo público representa 1% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros”, ressaltou Leitão.

Chamou a atenção do parlamentar a forma como o poder executivo federal comandado pelo Partido dos Trabalhadores trata as diversas categorias de servidores públicos, que em grande parte sempre garantiu apoio político às campanhas petistas.

"Me preocupa o descaso do governo com a paralisação dos servidores públicos, principalmente das universidades federais, e o ceticismo do governo diante das consequências do problema", avaliou o parlamentar.

Segundo Nilson Leitão, a ministra Mirian Belchior disse que a prioridade do governo de Dilma Rousseff, diante da crise econômica mundial, é com a garantia da manutenção dos empregos dos cem milhões de trabalhadores do setor privado em detrimento dos cerca de 1 milhão do serviço público.

Na opinião do parlamentar, o governo deveria incentivar o consumo como forma de enfrentar a estagnação econômica que afeta a Europa. "O país está parado devido às greves dos servidores das universidades, do Incra, e agora dos caminhoneiros. O Brasil está com a mão fechada", salientou.

Contexto

Em Cuiabá, os professores estão acampados na sede da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Eles radicalizaram o movimento grevista nos últimos dias, com trancamento da guarita da instituição, o acampamento e um seminário para avaliar os hospitais universitários.

Os professores das universidades federais recusam proposta do governo federal. A iniciativa governamental propõe de 25% a 40% de reajuste para a categoria de modo escalonado até 2015. A direção do Comando Nacional de Greve argumenta que a base de cálculo tem referência de 2010, e que, por isso, não contempla perdas.

Segundo informações da assessoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), até o momento, 57 instituições de ensino universitário no Brasil estão em greve. Apenas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte não aderiu. Todas as universidades rejeitaram a proposta do governo.

Das 57 instituições em greve, 49 são da base da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) e seis da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), uma outra ala do movimento universitário. 



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