Professores e alunos em greve da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) fizeram um ato de protesto em frente às obras da Arena Pantanal na manhã desta quarta-feira (8). A paralisação na UFMT já dura 80 dias e o local da manifestação foi escolhido para “mostrar” para a sociedade que o governo investe no evento internacional, mas não investe na formação acadêmica.

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“Tem dinheiro para a Copa e não tem para investir na educação?”, questionou o professor Tomás Boaventura, membro da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Comando Nacional de Greve.

“Até agora, as propostas apresentadas pelo Governo Federal não são satisfatórias. O que nós queremos é um piso inicial que seja o valor do salário mínimo estipulado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)”, completa o docente. De acordo com o departamento, o salário mínimo deveria corresponder hoje à R$ 2.519, 97.



Além dos professores, os alunos da UFMT também estão em greve. A estudante do 6º semestre de Ciências Sociais Viviane Motta, que faz parte do comando nacional da greve dos estudantes, reclama do “pouco caso” do governo federal. “Eles falam que só vão negociar com os estudantes depois de fechar o orçamento. De que adianta?”, indaga.

O protesto

A manifestação foi “animada” pela banda do IFMT. Com narizes de palhaço e cartazes, os estudantes e professores adesivaram carros e entregaram panfletos e bolas murchas aos motoristas.

O trânsito ficou mais lento e irritou motoristas e motociclistas. Agentes de trânsito ajudaram na condução do tráfego.