Crescer, trabalhar, tornar-se independente e sair da casa dos pais. Por gerações, essa foi a sequência natural da vida da grande maioria das pessoas. Mas as coisas mudaram. Por comodidade ou até necessidade, é cada vez maior o número de filhos com seus 30 e 40 anos vivendo com os pais, como mostra a reportagem do Tem Notícias.

Em Sorocaba (SP), mãe e filha são sócias em uma loja e também companheiras de casa. Juliana e Ivone se encontram todos os dias, o tempo todo. Há anos, as duas dividem o mesmo espaço. A filha, que já passou dos trinta anos, não pensa em se mudar. A presença dela no dia a dia é uma companhia e tanto para a mãe, que revela que a idade da filha é só um detalhe.

Estes filhos podem ser chamados de geração Canguru, que vivem colados nos pais, ou até mesmo bumerangue, que saem de casa e depois voltam. São os nomes dados para quem, apesar da idade, ainda não teve coragem de sair de casa.

De acordo com os especialistas, são vários os motivos que levam os filhos a esticar um pouquinho o tempo de permanência na casa dos pais, entre elas, a situação financeira e a companhia do pai e da mãe. A última pesquisa do IBGE revela que, em todo o país, quase quatro milhões de pessoas não querem saber de ter o seu próprio cantinho. O levantamento mostra ainda que, na faixa etária de 30 a 34 anos, são quase 3 milhões de pessoas. Já de 35 a 39 anos, são 1,6 milhão.