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Domingo, 28 de abril de 2024

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NORTÃO

Mentor de sequestro e 4 homicídios trabalhou na fazenda das vítimas

“Eles combinaram tudo, desde a hora de chegada para esperar o fazendeiro e o local onde ficariam escondidos. Desde o início eles tinham como objetivo extorquir a família”, falou o delegado

Rogério (de camiseta vermelha) já foi empregado da vítima


Rogério Pessoa Ferreira, de 28 anos, apontado pela Polícia Civil como o mentor do sequestro seguido de quatro homicídios em Novo Mundo (790 km ao extremo-norte de Cuiabá), já havia trabalhado na fazenda de Antônio Afanaci Dias, de 60 anos – uma das vítimas.

Segundo o delegado de Guarantã do Norte, Carlos Eduardo Muniz dos Santos, Rogério fora empregado de Antônio há algum tempo, o que facilitou o plano. Ele conhecia bem a sede da Fazenda Lima e a rotina de Antônio, seu filho Anderson de Lima Afanaci, 24 anos, e dos funcionários Wilson Silveira Santiago, 25, e Célio Soares da Silva, 33.

“Eles combinaram tudo, desde a hora de chegada para esperar o fazendeiro e o local onde ficariam escondidos. Desde o início eles tinham como objetivo extorquir a família”, falou o delegado, ao jornal "A Gazeta".

Rogério contou com a ajuda de Joab da Silva Pontes, 19 anos, que é filho de um vereador na cidade, e Jiovani da Silva Lima, 18. Na ação criminosa da noite de sexta-feira (17), eles mataram o vaqueiro Célio ainda no pátio da fazenda. Depois levaram as outras três vítimas para um matagal, onde também as executaram.

“Seria mais fácil cuidar dos corpos do que das vítimas vivas. Então, mataram todos a sangue frio, de forma cruel”, comentou o delegado, adicionando que as vítimas estavam com as mãos amarradas para trás e foram mortas com tiros na nuca.

Dois dias depois os sequestradores fizeram contato com a família, por meio do celular do filho do fazendeiro, pedindo inicialmente R$ 6 milhões para liberar Antônio, Anderson e Wilson – que na realidade já estavam mortos, mas os criminosos garantiam que estavam vivos.

Depois, a pedida baixou para R$ 1 milhão. A esposa de Antônio chegou a arrumar R$ 100 mil, que não foi repassado aos bandidos, pois a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) rastreou o celular de Antônio e policiais civis e militares prenderam os três acusados pelo crime.

Os sequestradores foram recambiados para o presídio Ferrugem, em Sinop, onde aguardarão julgamento. Eles foram indiciados por extorsão mediante sequestro, seguido de quádruplo homicídio, e podem ser condenados a maior pena prevista pela Justiça brasileira – 30 anos de reclusão em regime fechado.
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