A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Maria Lúcia Cavalli Neder, crê no bom senso dos professores para uma decisão sobre o retorno ao trabalho ainda na semana que vem e em entrevista ao Olhar Direto afirmou que o calendário escolar já está sendo pensado para compensar os quase quatro meses sem aula na instituição e para fechar a carga horária de 200 dias do ano letivo.

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Segundo ela, por parte do governo federal não há mais espaço para negociação com a classe, já que o projeto de lei sobre o reajuste salarial e reestruturação do plano de cargos, carreiras e salários já foi enviado para o Congresso.

“Respeitamos o direito à greve dos professores, mas acreditamos que na próxima assembleia eles já deliberem pelo retorno ao trabalho, já que por parte do governo federal as negociações estão esgotadas”, avaliou.

A intenção para recuperação do tempo pedido é ir puxando os espaços e otimizando os dias. “Os professores têm direito a 45 dias de férias, geralmente 30 dias em janeiro e 15 dias em julho. A intenção é dividir esses dias em três: 20 dias em dezembro, 10 em julho e 10 no final do ano. Fora isso, diminuir os dias da matrícula. Vamos ter que otimizar todo o tempo que tivermos para cumprirmos os 200 dias de aulas”, adiantou.

Histórico da greve
 
A greve começou no dia 17 de maio e atualmente atinge 48 universidades e 32 institutos tecnológicos. Professores de oito universidades que tinham aderido ao movimento saíram da greve: UFRJ, UFSCar, UFC, Unilab, UnB, UFRGS, UFCSPA e UFSC.

O Ministério da Educação diz que as negociações com os professores estão encerradas desde 03 de agosto, quando a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinou o acordo com o governo. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, quer a reposição integral das aulas interrompidas pela greve dos professores nas instituições federais de ensino superior.



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