Os bancos podem ficar obrigados a manter o atendimento a deficientes físicos, idosos, mulheres grávidas e a não interromper o pagamento de créditos oriundos de decisão judicial durante greve dos bancários. A proposta consta de projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que reacende o debate justamente nesta semana em que os bancários anunciam paralisação em agências de todo o país.

De autoria do deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), o PL 3229/2012 altera a redação da Lei 7.783/1989, que trata do exercício do direito de greve e a garantia do atendimento a necessidades da população. O projeto foi apensado a outro PL 401/1991, que tramita na Câmara com outras propostas sobre o mesmo assunto.

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De acordo com o parlamentar, o intuito é garantir a prestação dos serviços essenciais ao atendimento das necessidades da comunidade que, se forem interrompidos, podem afetar a saúde ou a segurança da população.

“O que mais encontramos em bancos são aposentados com dificuldade para receber seus benefícios, o atraso pode comprometer sua saúde. A sobrevivência de muitos depende dos remédios controlados que necessitam todos os meses, além dos transtornos causados a população que tem compromissos a honrar”, justifica o autor do projeto.

Segundo a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), a greve iniciada hoje será por tempo indeterminado. A última paralisação dos bancários em 2011 durou mais de 20 dias e causou transtornos à população.