Depois de impedirem a entrada e saída de veículos da Universidade Federal de Mato Grosso, os estudantes invadiram o Restaurante Universitário, o R.U, como forma de protesto contra a privatização. Mais de 300 alunos foram até o local, pegaram as bandejas, e pressionaram os funcionários do restaurante à liberarem a comida de graça, que é, normalmente, vendida pelo valor de R$ 1 real.
No primeiro momento, os serventes e funcionários do restaurante conseguiram recolher para a cozinha algumas panelas cheias de comida que estavam expostas. No entanto, minutos depois, eles cederam a pressão dos estudantes e liberaram o almoço de graça. Segundo o universitário, Lehu Wanio (21), acadêmico de Ciências Sociais, e um dos líderes do movimento, alega que a manifestação é na tentativa de mobilizar a Reitoria contra o novo modelo de vestibular (Vestibular Unificado) pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), a qual reclama da participação ínfima dos estudantes.
No entanto, os estudantes afirmam que aguardam audiência com a reitora Maria Lúcia Cavalli, e que deverão continuar com as manifestações caso não sejam atendidos.
Repressão e violência
Os estudantes reclamam também, que estão sofrendo repressão e retaliações na universidade. João Batista Alves (27), é acadêmico do curso de Filosofia, e conta que foi espancado juntamente com outros dois amigos, na última quarta-feira (27), e registrou Boletim de Ocorrência.
Ele disse ao site Olhar Direto que cinco homens armados teriam abordado ele e os amigos, por volta das 04h30, dentro do camping. Há informações também de outros estudantes teriam sido abordados pos seguranças terceirizados da UFMT e agredidos fisicamente, sem nenhuma explicação.
“Precisamos acabar com a arbitrariedade e ainda com o novo modelo de segurança que estão tentando implantar aqui, já que não temos nenhuma segurança”, declarou ao
Olhar Direto. Ele disse que vai acionar a UFMT judicialmente.