Olhar Direto

Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Copa 2014

seleção brasileira

Sem eliminatórias, Brasil despenca no ranking. Entenda critérios da Fifa

Da terceira colocação após a Copa do Mundo de 2010 ao 14ª posto, em outubro de 2012. Mesmo com vitórias nos últimos amistosos, o Brasil de...

Da terceira colocação após a Copa do Mundo de 2010 ao 14ª posto, em outubro de 2012. Mesmo com vitórias nos últimos amistosos, o Brasil de Mano Menezes seguiu em queda livre no ranking da Fifa e atingiu a sua pior posição desde que a classificação foi criada pela entidade, em agosto de 1993. Mas a perda tem uma explicação e não é privilégio apenas do time canarinho. Basta uma seleção de grande porte ficar fora da disputa das eliminatórias para o “fenômeno” entrar em ação.


A Alemanha viveu situação parecida quando foi sede do Mundial de 2006. Logo após o vice da Copa do Mundo de 2002 (justamente em derrota para a seleção brasileira), o país caiu da quarta colocação em agosto daquele ano ao 13º posto em outubro de 2004. O grupo comandado por Jürgen Klinsmann seguiu ladeira abaixo até atingir a 22ª colocação três meses antes do torneio em casa.

A queda livre se dá por conta dos critérios utilizados na computação dos resultados das seleções no ranking da Fifa. Estar fora das eliminatórias significa não participar de confrontos com peso 2,5 na fórmula criada pela entidade. Por conta disso, na maioria das vezes, o time canarinho, por exemplo, só tem encarado partidas com coeficiente 1 (um). Para piorar, as confederações também têm avaliações distintas. Ao encarar um europeu ou um sul-americano, os pontos são multiplicados por um. Em duelo com um time da Oceania, apenas 0,85.

- Estamos ganhando e caindo – disse Mano Menezes, com bom humor, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.

Mano usou um exemplo do ranking para criticar o peso dos amistosos. Em junho, o time canarinho estava à frente da Dinamarca na classificação da Fifa. O time brasileiro era o quinto, e os rivais ocupavam a nona colocação. Porém, mesmo com a vitória da Seleção por 3 a 1, em Hamburgo, os europeus surgiram uma colocação acima da equipe brasileira na classificação divulgada no mês seguinte (décimo contra 11º).

- Uma situação que nós vivemos que exemplifica bem foi o jogo contra a Dinamarca. Tenho certeza que, naquela época, estávamos à frente da Dinamarca no ranking. Vencemos o jogo e, no ranking seguinte, estávamos atrás deles. Eles disputaram a Eurocopa, ganharam alguns jogos e ficaram em melhor colocação.

O treinador fez um pedido à Fifa. Na opinião do técnico da seleção brasileira, a entidade máxima do futebol poderia criar um novo critério para não prejudicar tanto os países-sede das próximas edições da Copa do Mundo.

- A Fifa deveria pensar numa valorização diferente para o país-sede. Se você não vai jogar as eliminatórias, que os amistosos tenham um peso diferente, uma análise diferente. Caso contrário se cria uma situação fictícia. A situação da Alemanha antes da Copa de 2006 só confirma o que está acontecendo com o Brasil agora – analisou o comandante da Seleção.

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet