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Sábado, 27 de julho de 2024

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Professor afirma ter sido agredido por aluno em escola de SP

Um professor do ensino médio de uma escola pública da Zona Leste de São Paulo afirma ter sido agredido dentro de sala de aula, nesta terça-feira (16). O docente conta que teve que interromper a aula de física para repreender um aluno.

Um professor do ensino médio de uma escola pública da Zona Leste de São Paulo afirma ter sido agredido dentro de sala de aula, nesta terça-feira (16). O docente conta que teve que interromper a aula de física para repreender um aluno. O jovem estava assistindo a um jogo de futebol no celular dentro de sala de aula.


“Ele disse 'sim, vou desligar'. Quando eu voltei pra frente da sala, ele voltou a ligar o aparelho. Eu fui até ele e tomei o aparelho. Ele veio pra cima de mim, me encurralou no canto de uma sala, pegou no meu braço, puxou com toda força, depois pegou na minha mão e puxou o celular com toda força", relata o professor Cleiton Munhoz.

Na Escola Brisabella Almeida Nobre, na Vila Califórnia, ninguém quis contar o que viu dentro da sala de aula. Uma aluna, que não quis se identificar, saiu em defesa do professor em entrevista ao SPTV desta quinta-feira (18). "É um professor super tranquilo", disse.

O braço do professor ficou marcado. O aluno foi levado para a direção. Munhoz diz que a coordenadora obrigou o jovem a pedir desculpas. "Ele não pediu desculpas. Inclusive ele passou por mim rindo, quando eu estava em uma outra sala depois do intervalo", diz o professor.

Para a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, a falta de limites dos alunos contribui para esse quadro. "Tem que ter punição. E a punição é, no mínimo, chamar o conselho de escola, dar advertência, chamar a família, cobrar da família, porque os responsáveis pela educação não são só os professores. Também são os pais”, diz.

A Secretaria Estadual de Educação diz que orientou a escola da Zona Leste de São Paulo a chamar os pais do rapaz envolvido na confusão desta semana. Informou também que vai apurar o que aconteceu.

"A gente não pode esquecer que esse aluno não pode ser excluído do ambiente escolar. O ideal é que se faça um trabalho de conscientização com esse aluno, de respeito ao professor, e que os conflitos escolares sejam resolvidos através do diálogo", afirma Maria Isabel Faria, diretora de ensino da região Centro-Sul da capital.

O professor registrou na polícia um boletim de ocorrência. A última pesquisa da Apeoesp mostra que 27% dos profissionais da área já se afastaram por questões de saúde. As maiores causas são depressão e ansiedade.


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