A Polícia Fazendária prendeu 14 pessoas nesta sexta-feira (9) acusadas de desviar recursos da Prefeitura de Cuiabá. A delegada Liliane de Souza Santos informou no começo desta noite que os presos pela Operação Impostor são acusados de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e inserção de documentos falsos.
Santos afirmou ainda que faltam seis mandados para serem cumpridos. Informações dos bastidores obtidas pelo
Olhar Direto, no entanto, dão conta de que a operação tinha um total de 40 mandados, dos quais 26 ainda faltam ser cumpridos Dentre os presos estão empresários, servidores da Prefeitura de Cuiabá e um contador.
O delegado Rogério Atilho é quem coordena os trabalhos juntamente com a delegada Liliane. O autor da denúncia foi o próprio prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB). Os três devem conceder entrevista coletiva na segunda-feira (12), com mais detalhes do esquema.
A operação apurou uma fraude na arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da Prefeitura Municipal de Cuiabá. O Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) também era alvo dos desvios.
As prisões foram cumpridas após a expedição de mandados temporários (cinco dias) e os investigados vão responder por crimes de inserção de dados falsos no sistema de informação, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Os presos passaram por exame de corpo de delito e foram encaminhados ao Carumbé. Há três meses, a Polícia Civil recebeu relatório de uma auditoria da própria Prefeitura apontando cerca de R$ 1,3 milhão de arrecadação do IPTU, que teriam deixado de ir para os cofres públicos municipais.
A auditoria identificou alterações indevidas no sistema de recolhimento do IPTU de Cuiabá, promovidas por servidores públicos de vários setores da Prefeitura, dentre eles informática, cadastro, IPTU e Procuradoria Fiscal.
Durante as investigações foi constatado fraudes na arrecadação de outros impostos, a exemplo do ISSQN, ABIT, pagamento de certidões, contratos, projetos e autorizações junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) de Mato Grosso, segundo informações da assessoria.
“O servidor baixava no sistema, mas não tinha a baixa do banco, que seria feita após a compensação do título. Então, ficava essa pendência em aberta. Não tinha a confirmação do banco”, explicou a delegada Liliane de Souza Santos Murata Costa, que preside as investigações.
Atualizada às 17h38/17h45/17h50/18h00/19h31. Última atualização às 20h54