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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Plano de escrita ajuda candidato em redação da Unicamp, diz especialista

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) abre neste domingo (11) a maratona de vestibulares de 2013 e a prova de redação é tida por estudantes como um dos desafios do processo seletivo. Elaborar um plano de escrita na hora da prova, ficar atento ao que é pedido e não se esquecer de praticar as técnicas de redação podem garantir sucesso ao vestibulando. O G1 ouviu especialistas na prova, que deram dicas para o o candidato redija o texto da forma mais eficaz e clara possível.


“Qualquer candidato deve, antes de começar a redigir um texto, fazer um plano de escrita, estabelecer, a partir dos textos de apoio (coletânia), do gênero textual solicitado e da definição de interlocução, um projeto para o texto que será escrito. Só depois de ter bem claro qual é o formato da redação é que o vestibulando deve começar a escrita”, descreve o coordenador pedagógico da Oficina do Estudante, em Campinas (SP), Célio Tasinafo.

O professor Cícero Gomes Júnior do Elite Pré-Vestibular Campinas também defende o plano de escrita. “O projeto de texto é mais importante do que nunca. Nos últimos dois anos, a Unicamp cobrou temas em que o candidato não precisava ter muita informação externa, mas tinha que prestar bastante atenção para cumprir todas as exigências da proposta. Então, o mais recomendável é o aluno ler o tema com cuidado e anotar, antes até de fazer o rascunho, quais são as obrigações específicas daquele tema", explica.

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Ele relembra o tema de 2011, quando era obrigatório citar um evento que teria motivado uma escola a monitorar os seus alunos em redes sociais. "Muitos candidatos se esqueceram de citar o evento e foram prejudicados”, conta Gomes Júnior.

Com o plano de escrita elaborado, os especialistas ouvidos pelo G1 desaconselham os candidatos a tentar impressionar a banca de examinadores do vestibular. “As redações que tiram as melhores notas não são impressionantes, nem muito originais. O ideal é cumprir as exigências da proposta cuidadosamente. Pode parecer que vai ficar um texto sem graça, igual ao de todo mundo, mas a verdade é que a maioria dos candidatos não consegue atender a todas as obrigações do tema. Então, quem conseguir fazer um “feijão com arroz” acaba se destacando, avalia Gomes Júnior.

“A banca corretora não espera inovações, ineditismos, textos incomuns. A banca espera que o estudante cumpra a proposta redacional que a prova trouxe, É essencial, portanto, atentar para os textos de apoio, para o tema, para a interlocução do texto e para o gênero solicitado. Nada de inventar a roda, pois não é isso que se espera do vestibulando. Produzir uma redação em um exame vestibular não significa produzir um texto originalíssimo, já que não se trata de um concurso literário para novos talentos”, atesta Tasinafo.

Professor Célio Tasinafo, coordenador de cursinho
preparatório (Foto: Reprodução EPTV)

Outra dica importante dos especialistas é o candidato aplicar corretamente as técnicas de redação, mas se desprenderem dos modelos antigos que focavam apenas em dissertações, narrativas e cartas. “No caso das redações solicitadas pela Unicamp, os estudantes tendem a se equivocar com relação ao gênero solicitado (fábula, artigo de opinião, editorial, texto para um blog, crônica entre tantos).

Isso porque, durante duas décadas, os jovens, que queriam uma vaga na Unicamp, se prepararam somente para produzir uma dissertação ou uma narração ou uma carta. A partir de 2010, qualquer gênero textual pode ser cobrado e muitos vestibulandos têm dificuldades em produzir o texto adequado à proposta”, comenta o professor Tasinafo.

Para o professor Gomes Júnior, os 'novos tempos' também chegaram à redação do vestibular. “Hoje, é fundamental que o aluno não fique preso a fórmulas prontas de escrita, porque a variedade de gêneros possíveis é muito grande. O aluno que lê bastante tem uma vantagem dupla, porque além de conhecer mais gêneros, também domina mais assuntos, conhecimento que ele pode usar para entender melhor a proposta e ganhar algum tempo”, atesta.

Vale lembrar que a prova de redação da Unicamp é composta de duas tarefas obrigatórias, que busca avaliar a habilidade do candidato no emprego de recursos que são necessários à produção de textos pertencentes a diferentes gêneros discursivos. De acordo com o Manual do Candidato, cada tarefa é acompanhada de um ou mais textos que irão subsidiar o seu desenvolvimento, além de instruções que indicarão os interlocutores envolvidos, bem como o gênero e o propósito do texto a ser elaborado pelo candidato.

Neste ano, os alunos terão dois textos a elaborar e não mais três como no ano anterior. “Não diria que a mudança tornou o vestibular da Unicamp melhor, no sentido de mais fácil. Digo que a mudança torna possível ao estudante a elaboração melhor dos textos propostos e, com a administração adequada do tempo, condições menos adversas para a resolução das questões”, declara o professor da Oficina do Estudante. Para ele, o modelo com as três tarefas redacionais e 48 testes dificultava a escrita de textos razoáveis.

A primeira fase da Unicamp será neste domingo e 67.403 candidatos estão inscritos. Eles vão disputar 3.444 vagas em 68 cursos. Além da redação, vão ter que responder 48 questões de múltipla escolha, baseadas nas nos conteúdos nas diversas áreas do conhecimento desenvolvidas no ensino médio. O tempo máximo é de 5 horas e os candidatos podem entregar o texto a partir de 3 horas e meia após o início. A prova tem início às 13h.
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