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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Política BR

Lula deve interferir em impasse entre Mercadante e Renan na CPI da Petrobras

A indefinição sobre os cargos de comando da CPI da Petrobras deve parar na mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Integrantes da cúpula do governo alertaram ao presidente que o impasse entre os líderes do PT, Aloizio Mercadante (SP), e do PMDB, Renan Calheiros (AL), para a escolha dos senadores que vão ocupar os cargos de comando da CPI está longe de ser solucionado.


O presidente passa a sexta-feira em Porto Seguro (BA), mas ao retornar a Brasília deve entrar em campo procurando os parlamentares por telefone. Lula quer apagar o incêndio entre os líderes da base governista. A preocupação de interlocutores próximos do presidente é que o racha traga desgastes à estatal no início das investigações.

O PMDB não é considerado por senadores governistas um parceiro fiel em CPIs --e o desentendimento com o PT, na avaliação de integrantes da base aliada, pode causar novas turbulências nessa relação. Em investigações recentes, os peemedebistas abandonaram o governo nas CPIs dos Bingos e dos Correios.

Seguindo a recomendação de interlocutores, o presidente Lula deve tentar quebrar a resistência de Renan à indicação do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) para a relatoria da comissão. O líder do PMDB teria vetado entregar o cargo mais cobiçado da CPI ao correligionário porque seu nome foi lançado por Mercadante. Além disso, pesaria contra Jucá o fato de ser um fiel aliado do Palácio do Planalto no Senado.

Para ajudar no convencimento do líder peemedebista, o presidente Lula ganhou a recusa do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) --lançado como alternativa de Renan-- para relatar os trabalhos da CPI. Raupp alegou que precisa se dedicar à sua campanha de reeleição ao Senado, embora nos bastidores o seu nome não esteja descartado pelos governistas.

O PT também quer emplacar o presidente da comissão e deve definir entre os senadores Ideli Salvatti (PT-SC) e João Pedro (PT-AM) para o cargo.

Nos bastidores, senadores da base governista reconhecem que, além da disputa entre Renan e Mercadante pelo comando da CPI, não há disposição para o início das investigações. Um grupo de parlamentares não descarta tentar um novo adiamento da instalação da CPI na próxima semana, em consequência do esvaziamento do Congresso provocado pelo feriado de Corpus Christi.

Na semana seguinte, a participação dos parlamentares nas festas juninas do Nordeste também pode colocar em risco a instalação da CPI --o que pode arrastar o início dos trabalhos somente para depois do recesso legislativo do mês de julho.

Oposição

Os partidos de oposição prometem marcar presença na reunião da CPI convocada para a próxima quarta-feira. O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), que ocupa interinamente a presidência dos trabalhos, prometeu instalar "sem falta" a comissão na semana que vem. Se os governistas esvaziarem a sessão, não haverá quorum (número mínimo de parlamentares) necessário para a instalação da CPI da Petrobras.

"Nós estamos no Congresso para instalar a CPI. Vamos ver se o governo vai fazer o mesmo", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
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