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Marãiwatsédé

Devemos evitar derramamento de sangue, adverte deputado federal

21 Nov 2012 - 18:32

Da Editoria - Marcos Coutinho/ Da Redação - Lucas Bólico

Foto: Reprodução

Devemos evitar derramamento de sangue, adverte deputado federal
O deputado federal Wellington Fagundes (PR), um dos parlamentares que irá participar da reunião entre autoridades e produtores da gleba Suiá-Missú nesta quinta-feira (21) adverte que o conflito entre índios e não-índios está a ponto de terminar em derreamento de sangue. Fagundes adverte para a necessidade de evitar o conflito.


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“Propus a criação da comissão da Câmara porque temos a obrigação de evitar derramamento de sangue na região”, afirma. “Do jeito que as coisas estão sendo conduzidas, a tensão só vai aumentar e os ânimos só vão se acirrar, porque a Funai [Fundação Nacional do Índio]não teve planejamento para fazer a desintrusão”, alega.

O congressista ressalta que, na sua ótica, a desintrusão das famílias não é “justa e honesta” porque não prevê sequer a indenização aos retirados da área. “Além disso, a Funai vai contra a política do governo do PT que defende a reforma agrária, porque está gerando um conflito sem precedentes”, completa.

Na defesa contra a desintrusão da área, Fagundes argumenta que parte dos índios Xavantes não queria a área demarcada. Ressalta também que foi denunciada uma fraude no laudo antropológico que baseou o processo de retirada dos posseiros e produtores, e a acusação sequer foi apurada.

Outro eixo da crítica de Fagundes é referente à não aceitação da proposta feita pelo governo do Estado. O Executivo ofereceu uma área dentro do parque estadual aos índios para os produtores não precisarem ser retirados e a medida não foi aceita. “É um contra-senso. As pessoas construíram suas vidas lá a pedido de governo e agora vem uma decisão dessas”, reclama.

Região

No distrito estão 7 mil pessoas que precisam ser retiradas por decisão judicial, de acordo com dados da associação de produtores (Aprosum).

O distrito de Estrela do Araguaia (Posto da Mata) fica no nordeste de Mato Grosso, na divisa com Goiás e é cortado pela rodovia federal BR-158, que liga Mato Grosso ao Pará. E está localizado cerca de 1.000 Km de Cuiabá.

Na sexta-feira (16), forças policiais do Exército, Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança notificaram moradores, comerciantes e fazendeiros no distrito. Eles fizeram algumas notificações em fazendas por helicópteros e chegaram a restringir acesso ao distrito pela rodovia federal BR-158.

Conflito e história

Os autores do abaixo-assinado estão na posse da terra em conflito há décadas e préparam duas ações simultâneas para sensibilizar autoridades brasileiras e internacionais.

O território do distrito foi definido pela União como área indígena em 1998, mas comerciantes e proprietários de terras a consideram como posse por terem atividade produtiva há cerca de duas décadas no local.

O distrito está no território da terra indígena Marãiwatsédé, assim como a antiga fazenda Suiá Missú. A área fica nos municípios de Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia. Cerca de 150 índios Xavante teriam direito à área pela demarcação definida pela União.
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