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Terça-feira, 06 de agosto de 2024

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Ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau dado como morto continua vivo, diz mídia

O ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau Faustino Fudut Imbali, que teria sido assassinado a tiros em um ataque, ainda está vivo, mas em estado muito grave, segundo emissoras de rádio de Dacar, capital do Senegal.


Brutalmente atacado pelas forças de segurança --ou grupos armados desconhecidos--, Imbali foi dado como morto no hospital ao qual foi levado, onde estavam os corpos do candidato independente à Presidência Baciro Dabó e do ex-ministro da Defesa Helder Proença, também acusados de uma tentativa de golpe e mortos neste sábado.

O assassinato de Dabó suspendeu a campanha eleitoral para a eleição presidencial do próximo dia 28, que devia começar neste sábado e duraria 21 dias. A medida pode levar ao adiamento do pleito.

As eleições presidenciais foram convocadas em Guiné-Bissau após os assassinatos, em março, do então presidente João Bernardo Vieira e do chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Wai.

Vítima de um atentado a bomba que derrubou parcialmente a sede do Estado-Maior, o general Wai morreu na noite de 1º de março, enquanto Vieira foi assassinado na madrugada do dia seguinte por um grupo de militares que o mataram quando tentava fugir da residência presidencial em Bissau.

Em nota, o Ministério do Interior responsabilizou Dabó e Proença, além de pessoas próximas ao assassinato do presidente Vieira, de planejar um golpe de estado.

Diante da confusão pelos assassinatos desta sexta-feira no país, a organização Encontro Africano para a Defesa dos Direitos Humanos (Raddho, em francês) pediu uma reunião continental urgente para investigar as mortes e estudar medidas para "salvar Guiné-Bissau do naufrágio".

"A atual situação do país não favorece uma consulta eleitoral crível em 28 de junho", disse a organização.

O Governo do Senegal, vizinho da Guiné-Bissau, não reagiu ainda, mas a emissora RFM informou hoje que as forças senegalesas na fronteira estão em alerta --a informação que não foi confirmada oficialmente.

Um porta-voz do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse que estas ações criminosas "são um trágico revés para as tentativas de restaurar o Estado de direito e a democracia no país".

O espanhol Javier Solana, alto representante para a Política Externa e de Segurança Comum da União Europeia (UE), condenou os assassinatos políticos na Guiné-Bissau e exigiu medidas para levar os responsáveis à Justiça e impedir a impunidade no país.
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