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Sábado, 27 de julho de 2024

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Elize completa 31 anos e segue sem ver a filha após prisão, diz advogado

Elize Araújo Kitano Matsunaga completa 31 anos de idade nesta quinta-feira (29) sem ter o que comemorar, segundo palavras do seu próprio advogado, Luciano Santoro. Além de passar o aniversário presa, ela não pode ver a filha, que tem pouco mais de 1 ano de vida.


A criança é fruto do relacionamento que a bacharel em direito teve com o então diretor da empresa de produtos alimentícios Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, com quem foi casada até maio deste ano.

“A frase que ela sempre me diz quando a visito é: ‘a maior perda que eu recebi foi perder a minha filha’”, disse Luciano Santoro, defensor de Elize, nesta tarde ao G1.

Segundo o advogado, Elize ocupa o tempo com trabalhos na penitenciária e leituras. “Ela trabalha todos os dias pela manhã na biblioteca. Quando chega à noite, ela não vê televisão. Prefere ler livros. Já leu 27 desde que está detida. Os preferidos dela são de história, filosofia e os do escritor Dan Brown, como Anjos e Demônios e Código Da Vinci, que ela já releu”, disse Santoro.

Nascida em Chopinzinho, no Paraná, Elize está detida na Penitenciária Feminina de Tremembé, interior de São Paulo, após confessar ter matado e esquartejado o marido, que tinha 41 anos quando foi baleado e cortado no dia 19 de maio no apartamento do casal, na Zona Oeste da capital paulista.

O motivo do crime, segundo a sua defesa, foi o fato de o executivo ter agredido a bacharel após discutirem por causa da descoberta da traição dele com uma garota de programa. Ré no processo, ela está presa preventivamente aguardando um eventual julgamento.

Em São Paulo, a filha de Elize está sob a guarda provisória dos avós paternos por decisão da Justiça. O defensor da bacharel, Luciano Santoro, afirmou nesta tarde ao G1 que sua cliente não vê a menina desde o dia 5 de junho, quando a mulher foi detida pela Polícia Civil.

Filha
“Nenhuma vez ela viu a filha. Não estabeleceu a ligação com ela desde a prisão. Elize aguarda esse contato com a filha, mas vai depender de uma autorização da Justiça. Para isso, será preciso que a defesa entre com um requerimento judicial. É um pedido de regulamentação de visita. A guarda da menina ainda é de Elize. Ela não a perdeu, mas está impedida de ter a guarda da menina porque está presa”, afirmou Santoro. “Elize quer muito ver a filha”.

De acordo com o advogado da ré, a defesa ainda aguarda o julgamento de um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília sobre o pedido de liberdade para Elize. “Estou confiante no julgamento do mérito para que ela possa responder solta por esse crime e possa também cuidar da sua filha”, disse Santoro. “Não há motivos para a prisão preventiva dela. Entendo que ela só está presa porque é um caso midiático. Se não fosse, estaria livre. É um crime passional e ela deveria ser solta”.

Visitas
A tese de crime passional não é aceita, no entanto, pela acusação. Para o Ministério Público, Elize premeditou o assassinato de Marcos porque queria ficar com o dinheiro do seguro de vida da vítima. O promotor José Carlos Cosenzo pediu para o Departamento de Homicídios e de Proteção è Pessoa (DHPP) instaurar um outro inquérito para apurar se a bacharel teve ajuda para esquartejar o marido.

Por conta da eleição na Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), que ocorre nesta quinta, Santoro afirmou que não poderá visitar Elize.

Segundo ele, em Tremembé, sua cliente já foi visitada pela irmã, uma tia e um reverendo que fez seu casamento com Marcos. “Quando foi detida pela primeira vez em Itapevi, a mãe dela, que é bastante doente, também visitou Elize”, lembrou Santoro. “Minha cliente é uma pessoa reservada e tem uma convivência tranquila com as demais presas. Torço para a Justiça soltá-la para que ela possa voltar a cuidar da filha.”

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