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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Observadores de 14 países elogiam organização das Olimpíadas Escolares

O Brasil receberá os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul, em 2016, no Rio de Janeiro, e já serve de modelo para vários países quando se trata de Olimpíadas Escolares. Na edição 2012, que conta com cerca de 4 mil atletas de 15 a 17 anos, de todo o Brasil, e uma delegação da Grã-Bretanha, Cuiabá recebeu a visita de 14 observadores internacionais, representando os comitês olímpicos nacionais de quatro continentes.


O Programa de Observadores das Olimpíadas Escolares foi organizado de maneira independente pelo COB entre 2007 e 2009 e passou a fazer em parte, em 2010, do programa de intercâmbio de conhecimento esportivo Solidariedade Olímpica Internacional, do Comitê Olímpico Internacional (COI). O programa tem o objetivo de realizar uma troca de informações e trabalhar o esporte escolar como ferramenta de integração e inclusão social.

"Este programa possibilita uma experiência enriquecedora tanto para os observadores quanto para os organizadores das Olimpíadas Escolares. É muito importante conhecermos o que os outros estão fazendo para corrigirmos erros e melhorarmos algumas práticas. O mais importante é notarmos que, apesar de realidades diferentes, todos os países têm um objetivo comum: desenvolver a juventude através do esporte", destacou o Diretor Geral das Olimpíadas Escolares, Edgar Hubner, que fez questão de agradecer a Solidariedade Olímpica e aos Comitês Olímpicos Nacionais pelo apoio.

Durante uma semana, os observadores conheceram os detalhes de toda a competição. Eles ouviram palestras dos gerentes de todas as áreas funcionais das Olimpíadas Escolares. Os representantes dos 14 países visitaram as instalações esportivas, almoçaram diariamente no restaurante montado no Centro de Eventos do Pantanal, conheceram o Centro de Convivência e acompanharam sete das 13 modalidades esportivas. Eles ainda participaram de atividades culturais e ecológicas. No fim, apresentaram ainda os modelos de desporto escolar de seus países.

Entre os aspectos que mais chamaram a atenção dos visitantes estão a organização do evento, o alto nível técnico dos participantes e, principalmente, o programa de atividades culturais de que participam os atletas. A Cerimônia de Abertura também impressionou a todos.

"Não imaginava o nível de organização brasileira em eventos escolares. Além da competição, o evento tem atividades culturais, ecológicas, o próprio Programa de Observadores. Fiquei muito impressionado com tudo que vi. Revela a grande capacidade de organização do Brasil”, elogiou Löic dos Santos Pedras, assessor técnico do Comitê Olímpico Português. “Levo muitos dados comigo. Ideias e objetivos que podem ser aplicados no desporto escolar em Portugal”, afirmou.
Presidente de Comissão do Comitê Olímpico da Argentina, Raul Nazerano Sabbatini, se entusiasmou com as Olimpíadas Escolares. Ele explicou que o esporte no seu país em situação difícil. Cerca de 80% dos clubes fecharam as suas portas e a solução seria introduzir o esporte nas escolas.

“Dá para perceber a alegria dos estudantes em participar de uma festa como esta. O conceito das Olimpíadas Escolares é ótimo. É uma eficiência impressionante, que se reflete na seriedade com que são encaradas as competições esportivas. Na Argentina, não existia aporte financeiro do governo. Há um ano e meio foi criado Enard (Entidade Nacional de Alto Rendimento Desportivo), mas que não se destina ao esporte infantil, ele é exclusivamente de alto rendimento”, explicou Sabbatini. “São dois milhões de dólares por mês que se destina a cerca de mil atletas. Tivemos oito modalidades esportivas entre os oito primeiros colocados nos Jogos Olímpicos de Londres. Já foi um grande avanço”, ressaltou.

Para Sabbatini, a saída é seguir o exemplo brasileiro. “Em junho de 2010, em Buenos Aires, aconteceu o congresso “O Esporte na Idade Escolar”. O governo incluiu o Olimpismo no currículo escolar e já existem quatro províncias que adotaram essa matéria, entretanto precisamos investir mais em educadores físicos também. É muito provável que uma potência como o Brasil sirva de exemplo. Creio que levar elementos que se aplicaram aqui nas Olimpíadas Escolares na Argentina seja o primeiro passo. O esporte nas escolas é um trabalho fundamental para a juventude acabar com a desmotivação”, opinou.

O Programa de Observadores de Cuiabá terminou oficialmente neste sábado. Durante a estadia em Cuiabá, os 14 profissionais presentes ainda tiveram a oportunidade de conhecer a cidade de Poconé, distante 100 km da capital mato-grossense, nesta quinta-feira, em passeio turístico. A diversidade de culturas e realidades engrandeceu o intercâmbio entre os participantes durante todo o período em que estiveram presentes no Brasil.

Confira a seguir a lista com todos os Observadores presentes:

África
Gâmbia - Alfousainey Jarjue
Malawi - Naomie Golden Chinatu
Moçambique - Marcelo Manoel Majante

América Central
Haiti - Nadege Pamphile
República Dominicana Juan Antonio Febles Dalmasi

América do Sul
Argentina - Raul Nazareno Sabbatini
Paraguai - Camilo César Samaniego Rodas

Ásia
Bangladesh - Ferdows Ara Khanam
Cambodja - Chamroeun Nou

Europa
Alemanha - Stephanie Mechthild Primus
Grã-Bretanha - Sarah Catherine Lamplough
Portugal - Löic dos Santos Pedras
Sérvia - Milan Pavlovic
Ucrânia - Kateryna Tyshchenko

O Programa de Observadores das Olimpíadas Escolares 2011, realizado em João Pessoa, contou com a presença dos seguintes países: Botswana, Ilhas Cook, Dominica, Equador, Geórgia, Indonésia, Irã, Malaui, Moldávia, Paquistão, China, Catar, Ruanda, Sérvia, Eslováquia, Emirados Árabes, Angola, Moçambique e Portugal.

As Olimpíadas Escolares são organizadas e realizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro, correalizadas pelo Ministério do Esporte e Organizações Globo e apoio do Governo do Estado de Mato Grosso e Prefeitura Municipal de Cuiabá.
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