A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (4), 24 pessoas suspeitas de ter participação com uma organização não-governamental que fazia a gestão de cursos a distância. Conforme a polícia, o ITDE, fazia convênios com diversas instituições de ensino, mas não possuía autorização do Ministério da Educação (MEC) para funcionar. O esquema movimentou cerca de R$ 50 milhões.
A operação da polícia ocorreu nas cidades de Curitiba, Pinhais, Campo Largo, São José dos Pinhais, Colombo, Paranavaí, Ortigueira e Dois Vizinhos. Além dos suspeitos presos, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão.
A ONG oferecia cursos de graduação e pós-graduação a distância. Esses cursos eram vendidos como uma parceria entre o ITDE e as instituições de ensino superior. De acordo com a polícia, cerca de 4 mil alunos pagaram pelos cursos, mas nunca receberam os respectivos diplomas. O motivo seria a falta de credenciamento junto ao MEC.
Para atestar a legalidade da empresa e garantir os convênios, a ONG fraudava notas fiscais, criava empresas fantasmas para transferência do dinheiro recebido e cometia diversas outras irregularidades. Muitas das empresas fantasmas foram registradas em nomes de laranjas ou de parentes do homem suspeito de comandar o esquema.
Dentre as instituições que firmaram parcerias com o ITDE estão a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Faculdade de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Em nota, a Procuradoria da UFPR informou que o Tribunal de Contas da União é que deve analisar a denúncia. Já o departamento jurídico da Faculdade de Pinhais afirmou que entrou com duas ações contra o ITDE.