O comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel Sílvio Lúcio Franco Nassaro, afirmou nesta quinta-feira (27) que o assassinato do cabo Luiz Antonio da Silva, de 46 anos, ocorrido nesta quarta-feira (26), não está ligado aos ataques a policiais militares supostamente comandados por facções criminosas que agem no Estado de São Paulo. A afirmação do oficial foi feita durante o sepultamento do cabo Luiz, no cemitério São Salvador, em Mogi das Cruzes, Região Metropolitana de São Paulo.

"A morte dele está relacionada a questões pessoais e não faz parte desses ataques a PMs que foram registrados no Estado de São Paulo", explica o comandante. Durante o velório e sepultamento, o tenente-coronel disse ainda que o cabo Luiz sempre foi um policial exemplar: "Não temos o que reclamar dele", explica.

Parentes e amigos do policial estavam bastante consternados. A esposa Ana Lídia Helena estava em viagem quando soube da morte do marido. "Eu estava em Minas Gerais. Nos falamos por telefone, por volta das 11 horas e, pouco tempo depois, chegou a notícia que ele tinha sido assassinado. Combinamos que íamos passar o Ano Novo juntos", lamenta a mulher.

O corpo do policial foi velado durante toda a manhã. O enterro aconteceu às 14 horas. "Foi um choque para a família. Ele sempre trabalhou para salvar vidas e não para morrer", diz a irmã, Maria das Graças.

O caso
O cabo Luiz Antonio da Silva foi morto com 6 tiros nesta questa-feira (27) a poucos metros da casa onde morava, na Vila Natal, em Mogi das Cruzes. Testemunhas dizem ter visto um carro verde nas imediações após os disparos. A Polícia Militar chegou a fazer rondas na cidade logo após o crime, mas nenhum suspeito foi detido. O caso foi registrado no 1º DP de Mogi das Cruzes e deve ser investigado na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).