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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Comunicados de falsos sequestros atrapalham trabalho da Polícia Civil

Foto: Da Assessoria

Comunicados de falsos sequestros atrapalham trabalho da Polícia Civil
Em dois anos a Polícia Judiciária Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), recebeu cerca de cerca dez comunicações falsas de sequestro que sequestro geraram investigações.


Para o delegado Flávio Henrique Stringueta, chefe da unidade especializada da Polícia Judiciária Civil, que investiga crimes de sequestro em Mato Grosso, o GCCO, o falso sequestro causa prejuízos à polícia, que deixa de apurar ocorrências verdadeiras para trabalhar no esclarecimento de uma ‘brincadeira’ inconsequente.
O sequestro é um dos crimes mais difíceis de apurar, pela sua complexidade e tensão que envolve toda a equipe policial. A mesma mobilização é empregada nos casos de falsos sequestros.
“Quando uma vítima está sob o domínio de sequestradores, a Polícia passa a trabalhar 24 horas ininterruptas. Todos os policiais da unidade especializada são mobilizados para o caso, mesmo nos falsos”, explicou.

O delegado lembra do caso de uma professora de 28 anos, que inventou que foi sequestrada por engano, achando que era filha de uma juíza, desencadeou uma série de pedidos à Segurança de proteção a filhos de magistrados. No dia 14 de julho de 2011, a professora registrou boletim de ocorrência narrando ter sido sequestrada e sofrido violência sexual. Tudo com objetivo de chamar a atenção do namorado, conforme as investigações descobriram depois.

Em outro caso fictício, ocorrido em fevereiro de 2012, uma jovem da região de Barra do Garcas (509 km ao Leste), conheceu uma rapaz pelo facebook e usou a página de relacionamento para dizer que estava sequestrada. A moça criou a história falsa para não se encontrar com o namorado que tinha marcado em Cuiabá. A Polícia Civil descobriu que ela havia colocado uma foto de outra moça e inventou o sequestro porque não queria que o rapaz a conhecesse.

Houve também em no ano passado o falso sequestro de uma adolescente de 16 anos, que também movimentou todo o aparado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em 30 de junho de 2012. A adolescente forjou o próprio sequestro depois de um desentendimento com a mãe. A menina foi descoberta e respondeu ato infracional de comunicação falsa de crime, na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA).

A falsa vítima enviava mensagens ao celular do pai dizendo estava “apanhando” dos sequestradores. Depois mandou mensagens informando que estava em Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul, e pediu o contato de uma tia, que manteve um relacionamento amoroso com um homem já preso por sequestro cometido em Barra do Garças, para dar mais credibilidade a farsa. Pelo número do celular da adolescente, os policiais descobriram que as mensagens vinham da região do bairro Carumbé, em Cuiabá, onde estava escondida na casa de uma amiga.

Segundo delegado Flávio Henrique Stringueta, geralmente, a descoberta de que tudo não passa de uma farsa é rápida, devido ao alto grau de especialização dos policiais que atuam na Gerência. “A simulação de sequestro só traz prejuízo à polícia, que acaba desviando a atenção de investigações complexas para um crime que na verdade é falso”, diz.

Para o delegado, uma história falsa de crime nunca consegue atingir todos os graus de verossimilhança do fato. “Temos que desenvolver quase que o mesmo tipo de trabalho de um sequestro pra mostrar à família que a pessoa não está sequestrada. Um trabalho com uma finalidade inversa”, afirma. “O trabalho é o mesmo de um sequestro verdadeiro, só que com menos estresse porque a gente sabe que não tem ninguém sequestrado e nem uma vida em jogo”, finaliza.
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