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Luta por uma vaga em escola pública pode levar 96 horas de fila de espera

Pais e alunos de Rondonópolis tiveram que enfrentar uma maratona de resistência para garantir vagas em escolas tradicionais da cidade. Na Escola Estadual Major Otávio Pitaluga, mais conhecida por EEMOP, a aluna Julia Queiroz (15) encarou 96 horas de fila, desde da ultima sexta-feira (04-12), para se matricular no primeiro ano do ensino médio. “A escola que eu frequentava não há ensino médio, portanto tive que trazer colchão e comida para enfrentar esse desafio. Mas hoje (08-01) consegui me matri

09 Jan 2013 - 09:06

De Rondonópolis - Cairo Lustoza - Olhar Direto/Agência Pauta Pronta

Foto: Pauta Pronta

Luta por uma vaga em escola pública pode levar 96 horas de fila de espera
Pais e alunos de Rondonópolis tiveram que enfrentar uma maratona de resistência para garantir vagas em escolas tradicionais da cidade. Na Escola Estadual Major Otávio Pitaluga, mais conhecida por EEMOP, a aluna Julia Queiroz (15) encarou 96 horas de fila, desde da ultima sexta-feira (04), para se matricular no primeiro ano do ensino médio. “A escola que eu frequentava não há ensino médio, portanto tive que trazer colchão e comida para enfrentar esse desafio. Mas hoje (08-01) consegui me matricular”, explicou a aluna.


A professora e mãe de aluno, Marta Vitorino, revezou com a filha de quinze anos um lugar na fila desde domingo (06-01). “No meu bairro que é o Residencial Sítio Farias não existe escola, por isso tive que encarar este sacrifício de ficar dormindo na fila para garantir uma vaga para minha filha”, ressaltou a mãe.

O diretor da escola EEMOP, Juvenil Messias, explicou a reportagem do Olhar Direto, que a grande procura pela escola se deve pela localização, tradição e por ser referência em ensino médio. “Nossa escola fechou 2012 com cerca de 1600 alunos, disponibilizamos 20 salas de aula em cada período somente para o ensino médio. Toda essa fila é em virtude da grande procura por vagas no período matutino”, afirmou o diretor.

Já na Escola Estadual Sagrado Coração de Jesus, administrada por religiosas e com mais de 50 anos de história, a maratona pra conseguir uma vaga começa no pelo menos sete meses antes do início das aulas.

De acordo com a diretora da escola Ir. Fátima Lima, os pais interessados em matricular os filhos na escola são obrigados a frequentar um curso de pais, que consiste em nove encontros nos quais são oferecidas palestras com psicólogos, professores, profissionais de educação e até mesmo com o bispo da diocese. “A Escola de Pais é um projeto assumido pelo ‘Sagrado Coração de Jesus’ desde da década de 1980. O que muito nos honra e nos faz dar continuidade ao projeto é por entender que é uma forma democrática de Política da Escola que é, compromisso, comunhão e participação, na coletividade da Comunidade Escolar. Acompanhado de um vivência da espiritualidade, assessorado por uma equipe de profissionais voluntários”.
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