O ministro do Trabalho Carlos Daudt Brizola (PDT), que está em Mato Grosso e visita nesta sexta-feira (17), o município de Lucas do Rio Verde, onde receberá prefeitos integrantes do Consórcio Intermunicipal Teles Pires, vai discutir com os gestores das 13 cidades que integram o grupo a ampliação de programas como o Projovem e o Projer. Na presença do ex-deputado estadual e atual prefeito de Lucas, Otaviano Pivetta, irão debater convênios do ministério para Mato Grosso.
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No entanto, em sua rápida passagem por Cuiabá, o ministro deixou claro que o trabalho prioritário do órgão federal é o combate ao trabalho escravo. “É inaceitável que em um país onde a escravidão foi abolida há mais de dois séculos ainda se encontrem focos de trabalho escravo”, injuriou Brizola Neto.
O trabalho escravo é um problema tão constante quanto antigo em Mato Grosso, onde se fez necessário a criação de uma comissão – a Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo de Mato Grosso (Coetrae-MT), que busca prevenir práticas de trabalho análogo ao escravo, críticas na região nordeste do estado, chamada de “vale dos esquecidos”, e na baixada cuiabana.
Ações como a que reinseriu no mercado trabalhadores egresso do sistema escravista foram elogiados pelo ministro. “A economia mato-grossense, que cresce em ritmo acelerado, é um exemplo para o Brasi Le para o mundo; e é intolerável constatar que num estado tão rico se encontre focos de trabalho escravo”.
A respeito da Copa do Mundo, pauta levantada pela imprensa sempre que um político ou servidor do primeiro escalão de Brasília se faz presente, Brizola Neto informou que o governo federal vai criar um programa específico para qualificar trabalhadores na área de serviços, com intuito de atender visitantes e turistas – de outros estados e estrangeiros, com mais qualidade.
Proger
O deputado federal Zeca Viana (PDT) vai levar ao ministro anotações sobre o Programa de Geral de Emprego e Renda (Proger), que tem por objetivo promover geração de renda por meio da oferta de linhas de crédito com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) no investimento de longo prazo as micro e pequenas empresas, profissionais liberais, informais(Proger pessoa física), autônomos, aos recém-formados e às cooperativas e associações de produção.
Para Viana, o programa não é bem aproveitado no estado e falta direciona-lo com mais propriedade aos pequenos produtores. “As linhas de crédito são disponibilizadas através de agentes financeiros como o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que analisam e assumem o risco de crédito, mas os micro e pequenos produtores ainda encontram dificuldade para ter acesso ao crédito deste programa em específico”.