A Polícia Civil já está analisando ligações feitas nas proximidades do local onde o cometarista esportivo Valério Luís foi morto, a mais de seis meses, em Goiânia. Apesar disso, ainda não há data para a conclusão das investigações.

As ligações registradas uma hora antes e uma hora depois do crime foram conseguidas pela polícia com as empresas de telefonia. Todas as chamadas foram rastreadas por torres de telefone da região.

A informação foi passada ao pai do jornalista, o também cronista esportivo, Manoel de Oliveira, que procurou o novo delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, João Carlos Gorski, para cobrar mais agilidade nas investigações.

"Vamos achar essas provas e colocar os responsáveis na cadeia. Estou chegando ao ponto de já me bastar saber somente quem foi o bandido, quem mandou executar o Valério. Se ele vai ficar preso, eu já não quero saber. Só queria que a população visse que foi o mandante deste crime", desabafou Mané, como é conhecido na área esportiva.

Na conversa com o delegado-geral, Mané questionou se o inquérito estava parado e porque a Polícia Federal não pôde participar das buscas. Também indagou se um assalto e um atentado a um clube pertencente a ele poderiam ter sido realizados por pessoas ligadas a morte do filho.

"Vamos achar essas provas e colocar os responsáveis na cadeia. Estou chegando ao ponto de já me bastar saber somente quem foi o bandido, quem mandou executar o Valério. Se ele vai ficar preso, eu já não quero saber. Só queria que a população visse que foi o mandante deste crime", desabafou Mané.

Investigações
De acordo com Gorski, os fatos relacionados ao crime estão sendo apurados e que ainda não é possível estabelecer um prazo para a conclusão das investigações.

"Nós estamos trabalhando com as provas já coletadas. São milhares de informações entre quebras de sigilos telefônicos e bancários e também outros indícios que não podemos revelar no momento. Esse conjunto probatório é que vai possibilitar apontar quem é ou quem são os autores do crime", explicou o delegado-geral.

Tudo o que já foi registrado no inquérito sobre o caso foi apresentado a Mané de Oliveira pela polícia. A imprensa não teve acesso a este documento.

Sem solução
Valério Luís foi assassinado no dia 5 de julho do ano passado, por volta das 14 horas, em frente à rádio onde trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. Logo depois de ter entrado no carro, ele foi surpreendido por um motociclista que efetuou os disparos. Valério morreu na hora.

A hipótese mais levantada é que o crime teria relação com as críticas que ele fazia ao time do Atlético-GO. Ex-dirigentes do clube chegaram a ser ouvidos, mas negaram qualquer envolvimento com a morte do comentarista.