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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Vandalismo custa caro para o bolso do brasileiro

Muros pichados, monumentos quebrados e postes destruídos são consertados e limpos com dinheiro público. As pichações e depredações são como pragas que escondem o brilho e a beleza das cidades brasileiras.


A ação dos vândalos está num dos pontos turísticos de Curitiba. O portal de entrada do bairro Santa Felicidade, famoso pelos restaurantes italianos, foi atacado por pichadores.

Em Porto Alegre, a prefeitura gasta R$ 900 por dia na limpeza de viadutos e monumentos. Nos primeiros quatro meses do ano já foram R$ 20 mil para consertar a iluminação pública depredada.

No Rio de Janeiro, alguns alvos são mais visados pelos vândalos. O busto de Zumbi dos Palmares, no centro da cidade, já foi pichado 23 vezes em um ano. Em Copacabana, os óculos da estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade foram roubados e repostos cinco vezes.

Além da beleza natural, o Rio tem 690 monumentos. Quando um deles é quebrado, o conserto consome mais que dinheiro público. É preciso tempo e pesquisa. A estátua do Curumim, na Lagoa Rodrigo de Freitas, que originalmente tem um arco, só pode ser reparada depois de pelo menos seis meses, entre licitação, trabalho do escultor e reposição das partes de bronze que foram roubadas.

“No Rio de Janeiro, o alvo tem sido as peças de bronze”, diz a gerente de monumento da Prefeitura do Rio, Vera Dias. O reparo dos monumentos históricos do Rio custa R$ 800 mil por ano. Mais um R$ 1 milhão vai na limpeza de pichações e cartazes colados em postes. Isso fora o trabalho dos garis.

Quando é um imóvel particular, o prejuízo fica com o dono. O lanterneiro Luiz Fabiano gasta R$ 900 todo ano pra retirar as pichações. “Às vezes [a gente] só [pinta no] final do ano mesmo, não dá pra pintar direto, não. Aí tenta cobrir ali um pouquinho. É para poder disfarçar.”

Quem convive com o vandalismo, sabe que não adianta só investir na limpeza.
diz a balconista Maria Vanuza. “Não dá para toda ficar trocando [a pintura]. Acho que eles gostam quando veem limpinho, vêm e picham.”

Uma alternativa ao problema pode estar no grafite. Jovens vêm trocando a pichação pelos desenhos em áreas autorizadas e aprendendo a se expressar sem desrespeitar o direito de todos a uma cidade limpa.

“O grafite é melhor, mais bonito. Menos arriscado também”, afirma o ex-pichador Luis Rafael Silva.
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