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Sábado, 20 de julho de 2024

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CUT e Força Sindical fazem marcha divididas em relação a Dilma

As principais centrais sindicais do país iniciaram na manhã desta quarta-feira (6) a 7ª edição da Marcha a Brasília, ato que pretende reunir 40 mil trabalhadores na Esplanada dos Ministérios e apresentar ao governo, ao Congresso e ao Supremo...

As principais centrais sindicais do país iniciaram na manhã desta quarta-feira (6) a 7ª edição da Marcha a Brasília, ato que pretende reunir 40 mil trabalhadores na Esplanada dos Ministérios e apresentar ao governo, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal 12 reivindicações dos trabalhadores, dentre elas, algumas que se arrastam há anos, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas e a política de valorização dos aposentados.


Após a manifestação, que deve percorrer toda a Esplanada dos Ministérios, dirigentes da Força Sindical, CUT, CTB, Nova Central e UGT, devem ter encontros, à tarde, com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), do STF, Joaquim Barbosa, e com a presidente Dilma Rousseff.

As maiores entidades sindicais, CUT e Força, no entanto, chegam à marcha divididas em relação à política trabalhista do governo Dilma. Antes de iniciar a marcha, dirigentes das duas centrais manifestaram ao G1 posições divergentes, inclusive no apoio à reeleição da presidente em 2014.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse esperar que Dilma volte a "enxergar" os movimentos trabalhistas e que as reivindicações, que se arrastam desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sejam ouvidas neste ano.

"Esperamos que a presidente volte a perceber a centrais. Ainda que o Brasil tenha um desenvolvimento, o PIB foi pequeno, então nós queremos que a presidente volte a enxergar os trabalhadores, é por isso que estamos fazendo este ato aqui na capital com 40 mil trabalhadores", disse o sindicalista.
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Juruna diz que "nada avançou" nos últimos quatro anos, mas manifestou esperança de que agora, no ano pré-eleitoral, as negociações com o governo possam avançar. "A Força, as centrais sindicais estão incomodadas, pois só agora as vésperas das eleições é que a presidente acorda para os movimentos sindicais, para os trabalhadores e para as centrais", reclamou.

Nesta semana, o presidente da central, deputado Paulinho da Força (PDT-SP), se encontrou com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, para unir forças junto a parlamentares contra a medida provisória que abre ao mercado privado a construção e operação de portos, que contraria trabalhadores sindicalizados.

Embora a pauta fosse MP, Juruna afirmou que não se descartou o apoio a uma eventual candidatura de Campos à Presidência da República. "O Eduardo Campos tem o nosso apoio com toda certeza [...] Claro que nesse momento está se cogitando a eleição de 2014 e ele (Eduardo Campos) poderá contar com o nosso apoio”, disse ao G1.

Em direção oposta, o presidente da CUT, Vagner Freitas, defendeu o governo Dilma e disse que ela age de forma "inteligente" nas negociações com os trabalhadores. "No governo popular como é o dela é essencial que se atenda as necessidades das centrais sindicais, e isso ela [Dilma] vem aprendendo, e agora ela age de forma inteligente", afirmou.

"Eu acho que a presidente acumulou dois anos de governo, isso é experiência, ela vai conhecendo e se informando do que isso significa [apoiar a classe trabalhadora]", acrescentou Vagner Freitas.

Sobre a reunião com Dilma, o presidente da CUT diz que espera "abrir negociações". "Eu acho que nós teremos possibilidade de abrir as negociações, acho difícil que a Presidente responda algo positivo sobre os itens hoje, mas com certeza teremos boas notícias", ponderou.

Mas sobre 2014, Vagner Freitas confirmou o apoio da CUT (ligada ao Partido dos Trabalhadores) à reeleição de Dilma. "A presidente é a nossa candidata em 2014, nós entendemos que o governo popular da presidente favorece a classe trabalhadora, e vamos seguir apoiando-a com certeza nas próximas eleições", afirmou.

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