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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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risco no campo

Tradings não liberam crédito e produtores estão preocupados

16 Jun 2009 - 15:30

De Brasília - Marcos Coutinho c/ Agência Senado

As tradings, multinacionais do setor de insumos e responsáveis pelo financiamento de 85% dos grandes produtores de Mato Grosso, ainda não liberaram as linhas de crédito no volume esperado pelos sojicultores e cotonicultores do Estado no volume desejado e o fato passou a preocupar os líderes setoriais.


"Estamos num nível crítico, porque, na atual conjuntura, as tradings já tinha oferecido até 60% do crédito para a comercialização da safrinha do milho e, por consequência, as linhas de crédito para o plantio da soja. Estamos preocupados porque o Banco do Brasil não terá condições de suprir essa demanda por crédito", declarou Neri Geller, produtor rural da região de Lucas do Rio Verde e suplente de deputado federal pelo PSDB.

Em entrevista para o Olhar Direto, Gelller estima que apenas entre 6% e 8% foram "liberados" pelas tradings até o momento. "É um percentual muito tímido para Mato Grosso, que é um dos responsáveis pelos maiores volumes de grãos do país. E nossa preocupação é pertinente porque o Banco do Brasil, por tradição, financia apenas a agricultura familiar ou os produtores da região Sul", pondera Geller.

Em Mato Grosso, as principais tradings que operam com os sojicultores são a Bunge, Cargill, Amaggi, ADM, Louis Dreyfus, Caramuru, Milênia etc. Como foram duramente atingidas pela crise financeira mundial, as próprias empresas estão com dificuldades de fazer as captações no sistema bancário internacional, um dos mais prejudicados pelo crash de setembro de 2008, iniciado a partir da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.

Geller, que é um dos integrantes da diretora da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso), se reuniu com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Abastecimento, Edilson Guimarães, e com o coordenador geral de Culturas Anuais, Silvio Farnesi, e com diretor do Departamento de Comercialização, José Maria dos Anjos, com objetivo de pelo menos obter a GPM (Garantia de Preços Mínimos) para o milho.

"Temos que ter pelo menos essa garantia da GPM, porque nossa situação é dramática", ponderou Neri Geller.


Mais informações em instantes/Primeira atualização às 17h14

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