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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Notícias | Agronegócios

Plantios de citros isolados estão menos sujeitos ao greening

Pomares recém-plantados, pequenos e, principalmente, vizinhos a propriedades com relatos de greening se enquadram no perfil das áreas com maior incidência da doença no Estado de São Paulo, a mais devastadora da cultura, de acordo com estudo divulgado hoje pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). O levantamento foi feito em 20 fazendas de 12 empresas, todas com perfis diferentes de tamanho, idade das plantas e tipo de manejo do greening. Segundo Antonio Juliano Ayres, diretor do Fundecitrus, que comandou o estudo, quanto mais isolada a propriedade de outras áreas com o plantio de citros, menor a incidência da doença, já que ela está menos sujeita à chegada da Diaphorina citri, inseto transmissor da bactéria causadora do greening. 


De acordo com ele, o greening atinge mais as plantas novas pelo fato de elas terem mais brotações que as antigas, o que atrai mais o inseto transmissor. Já o tamanho da propriedade influi pelo fato das as áreas maiores serem geridas por grandes empresas ou produtores, que têm maior capacidade de controle e manejo da doença. Segundo Ayres, o estudo acabou por desvendar um mito: "o fator que tem menor importância na avaliação foi o município, porque a propriedade pode estar localizada em uma cidade com alta incidência, mas longe de propriedade com a doença", disse. "Mas o fator mais importante ainda é o momento que se inicia o controle, quanto mais cedo melhor", concluiu.

O greening é causado por uma bactéria (Candidatus liberibacter), que atinge todas as variedades cítricas, e é transmitida pela Diaphorina citri. Os principais sintomas são: ramos amarelados, folhas mosqueadas (manchas verde-claras ou amareladas), deformação, redução e queda de frutos, maturação irregular dos frutos, desfolha, seca e morte de ponteiros das árvores, manchas circulares verde-claras na casca do fruto, sementes abortadas e maior espessura da parte branca da casca.
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