As exportações de carne suína cresceram 16,74% em fevereiro, ante o mesmo mês do ano passado, atingindo 46 mil toneladas. O resultado positivo surpreendeu, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. 

Segundo Camargo Neto, a Rússia, principal cliente, foi responsável pelo bom resultado das vendas externas. O mercado russo comprou 24,65 mil toneladas, um crescimento de 68,94%, comparado com fevereiro de 2008. "A Rússia recompôs os seus estoques baixos, resultantes de drástica redução das importações em novembro e dezembro", diz ele.

Camargo Neto observa que o lado negativo é o baixo preço do mercado da carne suína, tanto no mercado externo como no interno, "que não têm remunerado o suinocultor e a indústria". O preço médio no mercado externo no primeiro bimestre deste ano caiu 13,78% em relação a igual período de 2008.

A exportação acumulada no primeiro bimestre deste ano somou 83,79 mil toneladas de carne suína, volume 22,54% superior ao embarcado em igual período do ano passado.

Segundo a Abipecs, os principais destinos da carne suína brasileira foram Rússia, Hong Kong, Angola, Argentina e Cingapura. Para a Rússia, o Brasil vendeu 39,35 mil toneladas nos dois primeiros meses do ano, um crescimento de 66,38% em relação a igual período de 2008. Os embarques para Hong Kong no primeiro bimestre somaram 21,11 mil toneladas, uma elevação de 15,72% em relação a janeiro e fevereiro do ano passado.

Camargo Neto comenta que no caso da Ucrânia, que aparecia no ano passado entre os primeiros compradores, as vendas brasileiras de carne suína despencaram: de 2 mil toneladas em fevereiro de 2008 para 458 t em fevereiro deste ano, uma queda de 78,16%.