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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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'Saio confiante na Justiça', diz médica acusada de provocar mortes em UTI

A médica Virgínia Soares de Souza, acusada pelo Ministério Público de ter antecipado as mortes de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, em Curitiba, afirmou nesta segunda-feira (1º) que está confiante na Justiça. “Eu saio confiante na Justiça. A verdade requer tempo e ela vai aparecer”. A médica também disse que vai alegar exercício médico.


Segundo denúncia do Ministério Público, pacientes internados na UTI, que foi chefiada por sete anos pela médica Virgínia Soares de Souza, foram mortos por asfixia, com uso do medicamento Pavulon e diminuição de oxigênio no respirador artificial. Além da médica, outras sete pessoas foram acusadas, sendo que cinco chegaram a ser presas. A médica foi a última a conquistar a liberdade. Ela ficou um mês detida e agora responde ao processo em liberdade, contudo, deve se apresentar mensalmente à Justiça. O Ministério Público entrou com um recurso solicitando que a médica seja novamente presa.

A declaração da médica foi dada na saída do Tribunal do Júri. Ela e os demais acusados no processo foram convocados para uma audiência com uma equipe técnica do judiciário. Nesta audiência, não são analisados aspectos do processo. Os técnicos questionam os acusados sobre assuntos particulares com o objetivo de traçar o perfil de cada um.

Defesa diz ter nova testemunha
O advogado da médica Virgínia Soares de Souza, Elias Mattar Assad, afirmou que possui uma testemunha sigilosa que desmascara toda a operação que deu início ao processo. Segundo ele, a operação do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) foi comandada por São Paulo. “Esta operação não começou aqui, começou em São Paulo e nós vamos revelar os bastidores vergonhosos que nortearam este processo na fase policial”.

Assad não se prolongou ao falar sobre esta testemunha. Ao G1, afirmou apenas que a testemunha é uma pessoa bem esclarecida. “Batia muita coisa que ele falava”, acrescentou o advogado. Ainda de acordo com o jurista, a testemunha disse não concordar com “o que está acontecendo no Paraná”.

Segundo Assad, após um contato telefônico, ele pediu que a testemunha escrevesse uma carta com os detalhes que estava revelando. Segundo ele, esta testemunha é da área econômica e também da área do ensino. “As autoridades do Paraná foram manipuladas e muito bem manipuladas”, declarou.

O advogado destacou que esta carta vai contar porque a operação foi feita no Hospital Evangélico e porque a “doutora Virgínia foi escolhida”. Segundo Assad, o inquérito está todo errado e a carta derruba a tese da acusação de que a médica Vírgina tenha provocado mortes na UTI. “Desmente, indiretamente, sim”, afirmou Assad. O advogado prometeu explicitar o conteúdo obtido com esta nova testemunha dentro de 10 dias.
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