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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Educação

Fila de espera no ensino infantil é de 8,5 mil vagas em São José

A falta de vagas em creches municipais, tem se tornado um problema crônico que afeta muitas famílias, em São José dos Campos. Nos últimos dez anos a cidade criou 14 unidades. Em 2003 eram 31 escolas infantis e atualmente são 45.


A demanda de atendimento de alunos dez anos atrás era de 3,6 mil crianças e agora está em 8,1 mil. Porém, este número continua sendo insuficiente, já que de acordo com dados da prefeitura, são mais de 7 mil famílias aguardando na fila de espera por uma vaga para crianças de 0 a 3 anos e outras 1,5 mil crianças de 4 e 5 anos aguardam por uma vaga na pré-escola.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a vaga é um direito garantido por lei. Segundo o artigo 54, é dever do Estado assegurar atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade.

A consultora de vendas Natália Vieira, tentou matricular o filho de um ano em uma creche municipal, porém segundo a direção do local não há previsão de vagas. Sem opção, Natália gasta R$ 400 por mês para pagar uma creche particular. “Hoje, metade do meu salário é pra pagar a creche. É frustrante, eu pago meus impostos, eu tenho direito e na hora que preciso, não tem creche”, disse a consultora.

Outro exemplo da falta de vagas nas creches é o de Camila Eloísa. Ela mora com a filha de dois anos e, para trabalhar, cada dia deixa a menina com um parente. “Eu conheço criança que a mãe não trabalha e o filho está na creche. Não tem um controle, não vão visitar e não fazem nada”, contou Camila.

Novas creches
Nesta sexta-feira (5), a prefeitura anunciou um programa para a construção de 13 novas creches. O programa "Creche para Todos" tem como objetivo ampliar a oferta de vagas em creches e pré-escolas em São José dos Campos. Como a situação é critica para sete mil crianças na fila, existe um plano emergencial. De acordo com o secretário de Educação, Célio Silva Chaves, a reestruturação da pré-escola seria um dos projetos.

“Vamos conseguir liberar uma grande quantidade de vagas, cerca de 2,3 mil vagas. Outra ação, é a ampliação dos convênios com as entidades e o processo de construção que demora mais por conta do prazo”, explicou o secretário. Atualmente, o sistema conta com 32 unidades pertencentes a entidades conveniadas à prefeitura.

Sobre a reclamação de Camila Eloísa, Célio reiterou que a regra de seleção estabelecida pela prefeitura é priorizar as famílias de renda mais baixa. "Para a mãe trabalhadora, que precisa da creche, a mãe, para deixar seu filho para que possa trabalhar, nós vamos lançar esse programa chamado 'Mãe Trabalhadora' em que a gente vai fazer compra de vagas também". Porém, ele ainda não deu um prazo para o início do programa.

Taubaté
Em Taubaté as mães também sofrem com a falta de vagas em creches. Segundo um levantamento da prefeitura, a cidade tem 2.860 crianças na fila de espera e até o final de 2013 devem ser abertas apenas 200 vagas.
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