Olhar Direto

Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Educação

manifestação

Alunos e funcionários da USP saem em passeata e interditam a Paulista

Foto: afinsophia

Alunos e funcionários da USP saem em passeata e interditam a Paulista
Alunos, docentes e funcionários da USP realizam nesta quinta-feira uma manifestação em São Paulo para protestar contra a presença da Polícia Militar no campus e pedir a saída da reitora da universidade, Suely Vilela. O grupo iniciou por volta das 13h40 uma passeata do vão livre do Masp até o largo São Francisco (centro).


Com o início da passeata, os dois sentidos da Paulista sofreram interdições. Isso porque os manifestantes saíram do vão livre e cruzaram a avenida. Eles devem seguir no sentido Paraíso até a avenida Brigadeiro Luís Antonio, e, depois, caminham até o largo São Francisco. A pista sentido Paraíso foi totalmente ocupada.

Segundo avaliação preliminar da Polícia Militar, ao menos 800 pessoas participam do ato, e o número pode aumentar. Os organizadores não deram estimativas.

A recomendação é para que o motorista evite trafegar pelas vias onde ocorre a manifestação.

Mais de 200 policiais militares estão na Paulista para acompanhar o ato e outros 50 aguardam os manifestantes no destino final da passeata, segundo o sargento da PM Vanderlei Barbosa, que comanda a operação.

No último dia 9, uma manifestação na USP terminou em confronto com a polícia. Nesta quinta, no entanto, o sargento diz acreditar que o protesto será pacífico.

"Não acredito em novo confronto durante a manifestação. Os grevistas querem apenas expor à sociedade os problemas que encontra na USP", afirmou.

Para o professor do instituto de Física da USP, João Zanetic, o número de policiais surpreendeu os manifestantes. "Já participei de outros atos semelhantes e acredito que uma manifestação pacífica como a nossa precisaria apenas da CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] para coordenar o trânsito", afirmou.

Segundo ele, uma reunião ocorreu ontem e ficou estabelecido que um grupo de manifestantes faria uma espécie de "segurança" durante o protesto. "Nós estamos identificados com faixas amarelas no braço e temos os telefones uns dos outros para nos comunicarmos o tempo todo e evitar confusão", disse.

Reivindicação

Segundo Vilela, a presença da PM no campus objetivou "o equilíbrio entre o direito de greve e o direito de ir e vir das pessoas". Ela pediu na Justiça a reintegração de posse de oito edifícios da USP, "cujos acessos estavam obstruídos".

Na segunda-feira (15), 38 dirigentes de unidades da USP (de um total de 46 dedicadas ao ensino e à pesquisa e centros e institutos especializados) subscreveram um manifesto em que reiteram "total apoio à reitora no desempenho de seu papel institucional".

Para rebater o manifesto, outros nove diretores apresentaram ontem à reitora, Suely Vilela, um documento que repudia a presença dos policiais no campus.

Negociação

Representantes do Fórum das Seis --que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas-- realizaram na última terça-feira (16) com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) para discutir a retomada das negociações.

Os grevistas querem reajuste salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, além do fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de protesto anterior --que resultou em dano ao patrimônio.

As negociações entre o Cruesp e o Fórum das Seis estão paradas desde 25 de maio. Na ocasião, um grupo de estudantes invadiu a reitoria após os reitores impedirem parte dos alunos e um sindicalista de participar da reunião.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet