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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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Com medo que filhas se prostituíssem, mãe acorrenta adolescentes em Itu

Com medo de que as garotas se prostituíssem ou usassem drogas, uma empregada doméstica de 33 anos mantinha as filhas de 12 e 15 anos acorrentadas quando saía para o trabalho, em Itu, no interior de São Paulo. As meninas foram libertadas no fim da tarde de segunda-feira (15) pela Guarda Civil Municipal, depois de uma denúncia anônima.


Os guardas encontraram as adolescentes imobilizadas pelas correntes, presas aos pés por um cadeado. A casa, uma residência simples, no bairro Cidade Nova, zona sul da cidade, era mantida fechada à chave durante a ausência da mãe.

Aos guardas, a mulher disse que fazia aquilo pelo bem das garotas.

— Aqui, tem muita prostituição e droga e eu prendo minhas filhas para elas não chegarem ao ponto de se prostituir e se drogar.

De acordo com a doméstica, as meninas costumavam fugir de casa e ir para uma avenida do bairro, onde garotas de programa fazem ponto e há consumo e venda de drogas. A doméstica foi abandonada pelo companheiro e cuidava sozinha das filhas.

A garota mais velha afirmou que saía de casa para se encontrar com um namorado.

— Eu tenho namorado, então eu fujo por causa dele.

Ela disse que a irmã mais nova também costuma fugir para ir à avenida. Levada a uma delegacia da Polícia Civil, a mãe foi ouvida e liberada, mas responderá ao inquérito por maus-tratos.

As adolescentes passaram por exames médicos e foram encaminhadas para o Conselho Tutelar. Segundo a Guarda Municipal, não foram constatadas escoriações leves nos tornozelos das meninas pelo uso da corrente. A Justiça decidirá ser as garotas serão encaminhadas para um abrigo ou se voltam a ficar sob os cuidados da mãe.
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