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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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'Ele sabia que ela gostava de café', diz sobrinha de mulher envenenada

Ainda na cama, Elza Lisboa Bertonha, moradora de Tupã (SP), se recupera das consequências de ter ingerido, duas vezes, veneno para matar rato, conhecido como chumbinho. A mulher, de 75 anos, duas filhas e uma amiga afirmam que foram envenenadas por um pintor que prestava serviço há anos na casa da aposentada.


“E se ele tivesse matado meus dois filhos e minha amiga? Nunca imaginei que ele pudesse fazer isso já que ele era uma pessoa que consertava tudo em casa e eu o tratava como um filho, como alguém da casa. Eu não sei o que aconteceu, gostaria de saber”, conta a vítima.

De acordo com familiares, dona Elza foi levada para o hospital e os médicos acreditaram que ela teria passado mal por sofrer de problemas no coração. A idosa foi medicada e recebeu alta no dia seguinte. Ao chegar em casa, ela convidou o filho e uma amiga para um café. Momentos depois, todos entraram em convulsão e a aposentada chegou a ser internada em coma na UTI.

“Da primeira vez, encontrei a minha tia sozinha com uma convulsão atípica, mas como ela sofre do coração, achávamos que era por isso. Depois de internada, ela voltou para a casa e foi encontrada no dia seguinte com um quadro clássico de envenenamento, com uma baba expressa e quase sem consciência. Quando passei na sala, eu vi os outros iguais a ela. Parecia um filme de terror”, conta a médica e sobrinha da vítima, Lliliana Lisboa Sanches.

Ela ajudou nos primeiros socorros. “Fizemos uma manobra de ressuscitação, eles voltaram e contaram o que havia acontecido. Achávamos que podia ser o lote do café contaminado com agrotóxico. Cheguei entrar em contato com a Vigilância Sanitária para que o lote do café fosse lacrado”, explica a médica.
A família inicialmente acreditava que poderia haver algum problema no lote do café, mas, na mesma semana eles descobriram que o funcionário tinha depositado na conta dele um cheque de Elza no valor de R$12 mil. De acordo o boletim de ocorrência, a rapaz furtou a folha e falsificou a assinatura da aposentada.
“Como o valor era muito alto, o banco nos ligou para saber se estava correto, mas, como minha tia estava internada o cheque não foi compensado. Depois, ela contou que o pintor havia pedido para que ela preenchesse um cheque dele no valor de R$ 12 mil, que ele era tão “ingênuo” que não sabia preencher. Segundo ele, o dinheiro era para pagar o cunhado. Ele copiou a letra e assinatura dela, mas como o valor era alto e banco ligou e achou melhor reter o cheque. Ele fez o cheque nominal para ele mesmo”, ressalta a sobrinha.


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