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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Bebê encontrado no mato é liberado de hospital e vai para abrigo, em GO

Após ficar 12 dias internada, a recém-nascida encontrada em uma fazenda de Niquelândia, região norte de Goiás, recebeu alta do Hospital Municipal Santa Efigênia. A criança estava na unidade de saúde desde o dia 26 de maio e foi liberada na quinta-feira (6). Ela foi levada para o Lar das Crianças Nossa Senhora da Conceição, onde deve ficar até que o destino dela seja definido.


Por enquanto, nenhum familiar a procurou. Mesmo assim, a Polícia Civil continua as buscas por parentes da criança. Só depois que a investigação acabar é que a recém-nascida pode ser encaminhada para adoção. Enquanto isso, ela recebe o carinho de moradores de Niquelândia, que se comoveram com a história dela. A criança, que foi nomeada Ana Vitória, recebe inúmeras visitas diárias.

De acordo com a equipe médica, a menina passa bem. No entanto, a imunidade dela ainda está um pouco baixa. Mesmo assim, a situação é bem diferente da do dia 26, quando ela foi encontrada no meio do mato, cheia de formigas e carrapatos.

Encontro
O vigilante Antônio Silva foi a primeira pessoa a ouvir o choro da criança e a pedir socorro. "Eu saí para fazer uma caminhada. Aí eu escutei um choro de uma criança na beira da estrada. Eu fiquei com vontade de ver essa criança, entrei pelo córrego até que a resgatei", relatou.

Acionados, os Bombeiros socorreram o bebê. "Pela situação da criança, em estado crítico mesmo, com o rosto todo picado de insetos, formigas e carrapatos, o procedimento foi levar essa criança prontamente ao hospital", disse o sargento Wellington Gil.

A menina foi levada ao hospital municipal da cidade, onde chegou com ferimentos na pele e na boca, pesando cerca de 2,3kg e medindo pouco mais de 46 cm.

"A gente imagina que essa criança tenha nascido em casa, de parto normal, porque ela veio com umbiguinho amarrado e em hospital a gente não faz isso", ressalta a enfermeira Ana Paula Belo.

Carta
Ao lado da menina havia uma carta, supostamente escrita pela mãe. A carta parece endereçada a uma pessoa que deveria ficar com o bebê.

Nela, a suposta mãe pede que a pessoa não chame a polícia. Orienta a dizer que ela morreu, e afirma que vai morar em Brasília. Conta ter feito uma cesariana e diz que o pai “nem sonha” que ela deu o bebê.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para tentar chegar à mãe da criança. A carta será usada nas investigações. “A gente não descarta que ela tenha sido escrita para uma pessoa determinada. Porém o conteúdo dela não corresponde aos fatos”, diz o delegado Manoel Leandro da Silva.
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